A greve geral aos quatro turnos diários da mina foi aprovada “por uma esmagadora maioria” dos trabalhadores que participaram nos plenários, realizados em 3 e 4 deste mês, adiantou hoje à agência Lusa o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira.
“O que leva a esta paralisação, decidida em plenário pelos trabalhadores, é que a empresa não responde ao caderno reivindicativo aprovado pelos trabalhadores” e apresentado à administração da Somincor no passado mês de dezembro, disse.
Segundo Albino Pereira, os trabalhadores da empresa mineira exigem “progressões na carreira e aumentos de salários justos de 150 euros por trabalhador”.
A par disso, continuou, é igualmente pedido, entre outras exigências, “o aumento de vários subsídios”, assim como a renegociação do seguro de saúde, uma vez que os trabalhadores passaram “a pagar mais de franquia”.
Perante estas reivindicações, a Somincor apenas concedeu, para 2024, “um aumento de 4,3% [nos salários], que não corresponde de forma alguma àquilo que foi reivindicado”, além de “barrar qualquer negociação”, afiançou Albino Pereira.
O gestor afirma que a empresa mineira enfrenta “uma situação económica e financeira de grande dificuldade”, motivada por “uma forte pressão inflacionária dos custos, a desvalorização dos preços dos metais base nos mercados internacionais e a desvalorização do dólar”, moeda referência na venda dos metais.
"Este aumento é o possível dentro deste contexto e qualquer outro cenário coloca irremediavelmente em causa a sustentabilidade financeira da empresa e a continuidade da relevância local, regional e nacional da Somincor, que é aquilo que certamente todos desejamos”, acrescentou.
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