Ordem dos Médicos e sindicatos asseguram que “não foram consultados” e que esta é uma “medida lesiva dos interesses dos cidadãos e dos doentes” pois vai “haver cuidados de primeira e de segunda categoria”. Asseguram, ainda, tratar-se “do mais severo ataque à carreira médica”.
A medida está prevista no Orçamento do Estado (OE) 2022 e já está em vigor. Prevê que os “centros de saúde com pior cobertura de médicos de família possam contratar profissionais sem especialidade em medicina geral e familiar para combater as faltas nesta área”.
“Por um lado pode afastar os médicos das contratações precárias enquanto prestadores de serviços. Por outro pode também, a médio/longo prazo e com a promessa de vínculo ao SNS, passar de uma solução provisória a definitiva”, alerta o médico Vasco Nogueira.
Vasco Nogueira defende que o necessário é “garantir aos médicos que se formem, ou seja o acesso à especialidade, assim como a um lugar atrativo no SNS”.
O médico Vasco Nogueira sublinha que a “solução em cima da mesa não significa mais qualidade” e que “é mais cara”. Deixa como exemplo “o facto, dos Estados Unidos da América ser um dos países do Mundo que mais investe na área da saúde, mas não num serviço público e sim nos grandes grupos privados do negócio da doença”.
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