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Economia

Confinamento: “este segundo está a ser mais difícil para os negócios familiares”

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Confinamento: “este segundo está a ser mais difícil para os negócios familiares”


A Voz da Planície está a ouvir esta semana pessoas que têm negócios familiares, e que integram o tecido do comércio local, sobre os impactos deste segundo confinamento. Hoje damos voz a duas pessoas que têm cafés/pastelarias no centro da cidade e que afirmam estar a passar “por dificuldades”, queixam-se de “falta de apoios” e revelam mesmo, que têm suportado gastando "poupanças e pequenos fundos de maneio" e contando com a “ajuda de familiares”.

O segundo confinamento começou a 15 de janeiro deste ano e os comerciantes, como são os casos a que damos voz hoje, têm os seus estabelecimentos fechados há quase dois meses.

Pagamentos de rendas, luz e água são contas que vão somando e que são difíceis de suportar com uma ajuda de pouco mais de 400 euros por parte da Segurança Social, para as Atividades Económicas, diz Gertrudes Galhana, que gere um café/pastelaria no centro de Beja. E a tudo isto acrescem, ainda, as despesas familiares. Na sua opinião, a maior parte dos apoios é absorvido pelas grandes empresas e não pelo pequeno comércio, que na grande maioria nem empregados tem.

Dos mesmos problemas se queixa Carlos Filipe que, também, gere um café/pastelaria no centro de Beja. Mas para Carlos Filipe, que esclarece ao longo da conversa os investimentos que optou por não fazer nestas circunstâncias, este segundo confinamento está a ser mais difícil do que o primeiro. Diz que vai ser complicado voltar à atividade porque, quando tudo abrir, as pessoas não vão ter dinheiro para gastar.

Gertrudes Galhana está desejando de ver, de novo, as portas abertas, mas tem receios e percebe que o regresso vai ser difícil, tal como já aconteceu em 2020. Confidenciou que tem suportado as dificuldades sacrificando algumas poupanças e contando com a ajuda de familiares.

Carlos Filipe confidenciou, igualmente, à Voz da Planície que vivem deste negócio familiar, ele e quem o acompanha, e que têm usado o pouco fundo de maneio de que dispunham para se aguentarem, até porque há despesas pessoais para suportar também. Não escondeu que os apoios disponíveis são mínimos e que a família tem sido uma ajuda importante.

Amanhã continuaremos a dar voz aos pequenos negócios, ouvindo as suas queixas e perspetivas. O programa Apoiar, destinado a empresas afetadas pela pandemia de covid-19, vai ser reforçado e alargado a novas situações, foi anunciado entretanto, garantindo a tutela que os apoios às empresas e ao emprego vão ser reforçados este mês, "sobretudo nesta altura, crítica, nestes meses que vão até junho". As medidas serão conhecidas em pormenor no decorrer desta semana.


Foto: "Fechado - Volto já" é da "Sic Notícias".


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