Para a CNA, "as políticas de desenvolvimento territorial não têm em conta as necessidades do mundo rural e da vida das camponesas e suas famílias, traduzindo-se na falta de investimento (na saúde, na educação, nos transportes, na agricultura e no desenvolvimento rural) e no progressivo encerramento de serviços públicos essenciais, tornando-as cada vez mais isoladas e privadas dos seus mais elementares direitos".
Em comunicado, a mesma fonte salienta que "no seu trabalho, as mulheres agricultoras que alimentam a população são prejudicadas pelas dificuldades de escoamento e pelos baixos de preços na produção, num país em que o comércio de bens agroalimentares é dominado por grandes cadeias de distribuição que tem o “quero, posso e mando” na definição de preços para a produção e para o consumo".
"Se se tiver em conta a política agrícola, que emana da aplicação da Política Agrícola Comum (PAC), verifica-se que não existem medidas específicas que tenham presente as dificuldades e necessidades das mulheres agricultoras e rurais e das suas famílias, nem que contribuam para a igualdade de género, para o combate ao despovoamento e desertificação das zonas rurais ou que promovam o emprego das mulheres rurais. Medidas simples como a majoração dos apoios quando atribuídos a mulheres agricultoras, no quadro da agricultura familiar, podem e devem ser aplicadas", pode ler-se, igualmente, no mesmo documento.
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