“Os mercados e feiras de proximidade, por permitirem a venda direta do agricultor ao consumidor, livrando-os do interesse especulativo do agro-negócio, são vitais para assegurar o escoamento da produção agrícola familiar e para a garantir preços mais justos a produtores e consumidores, contribuindo de forma significativa para estimular as economias locais e nacional”, frisa o documento da CNA. Acrescenta que a “decisão do Governo penaliza também o direito dos consumidores a uma alimentação saudável e de proximidade, vedando-lhes o acesso a produtos sazonais e locais de qualidade, comprados diretamente ao produtor.”
A CNA diz, também, que não compreende com que “argumento se justifica a proibição destes espaços ao ar livre, estando garantidas as condições de higiene e segurança recomendadas pelas autoridades – e até porque não tem sido reportados casos de contágio nestes mercados – quando permanecem em funcionamento espaços comerciais fechados e de grande afluência de público.”
Para a CNA, esta “é mais uma medida tomada em linha com o que tem sido as opções políticas do Governo e do Ministério da Agricultura: ao lado do grande agro-negócio que vai engrossando lucros sustententado no comércio à escala global e desprezando os pequenos e médios agricultores, a Agricultura Familiar, que constituem a vastíssima maioria das explorações agrícolas em Portugal.”
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