A agricultura familiar tem sido fortemente penalizada pela
PAC devido a “más opções políticas nacionais de sucessivos Governos”, afirma a CNA.
A Confederação Nacional da Agricultura revela que, desde a entrada na União Europeia, foram eliminadas em Portugal cerca de 400 mil explorações agrícolas, sobretudo pequenas e médias, sublinhando que isto acontece devido a “uma PAC voltada incondicionalmente para a agricultura dita competitiva, altamente industrializada, assente, crescentemente, na super-intensificação, na exploração de mão-de-obra quase escrava, na sobreutilização de pesticidas, ou seja, no agronegócio dos grandes grupos económicos e de fundos de investimento, que concentra recursos e apoios públicos”.
A CNA diz que “não a esta PAC”, afirmando que “arrasou os preços na produção e os rendimentos dos agricultores; desligou as ajudas da produção; impulsionou as importações sem controlo e instalou a extrema injustiça na distribuição dos dinheiros públicos por países/regiões”.
É sublinhado ainda que, “os números dessa injustiça mostram que em Portugal 7% de grandes Agricultores recebem cerca de 70% das ajudas”, assim sendo, os agricultores foram a Lisboa, denunciar também o Governo português, acusando-o de "mentir" a partir do momento em que afirmou que “os pequenos agricultores recebem 70% das ajudas” e que “se prepara para desviar ainda mais ajudas”. A CNA diz ainda que, “a injustiça é tanto maior quando se calcula que os 93% dos agricultores que recebem apenas 30% das ajudas representam cerca de 50% do valor da produção”.
A CNA vem deste modo exigir uma vida digna para quem produz e ajudas mais bem distribuídas e a concretização do Estatuto da Agricultura Familiar.
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