Tal como em Março do ano passado, hoje muitos pequenos e médios Agricultores não estão a conseguir vender o que produzem. Esta situação é já visível, por exemplo, nos produtores de carne, mas é extensível a outras produções como as hortícolas.
O problema é ainda mais grave do que no primeiro confinamento em 2020, já que a situação financeira de muitos Agricultores é agora muito mais débil, apesar de a Ministra da Agricultura continuar a insistir na já velha “propaganda dos milhões” para a Agricultura. São por isso necessárias respostas rápidas por parte do Governo, quando o conjunto de medidas decretado pelo Ministério da Economia não se adapta ao sector e muito menos à Agricultura Familiar. As declarações são de Vítor Rodrigues da Direção da CNA – Confederação Nacional da Agricultura.
Neste contexto, a CNA propõe e reclama que o Ministério da Agricultura crie um programa de apoio aos Agricultores, tal como refere, igualmente, Vítor Rodrigues da Direção da CNA.
Reaplicar todas as medidas de simplificação de regras em vigor durante o ano de 2020; prever, desde já, a antecipação do pagamento de todas as ajudas directas, medidas agro-ambientais e medidas de apoio às zonas desfavorecida; criar uma medida de apoio pela perda de rendimento dos pequenos e médios Agricultores, aproveitando a margem de manobra permitida pela União Europeia no âmbito da ajuda de minimis; e xecutar um programa de compra de produtos locais para o abastecimento de cantinas públicas; prever a criação de medidas de retirada de produtos, para os sectores mais prejudicados e repor a “electricidade verde” para o valor a incidir sobre a totalidade da factura (termo fixo e consumo) são as exigências da CNA.
A CNA continua a reclamar a concretização do Estatuto da Agricultura Familiar, “mecanismo que se estivesse já em aplicação concreta poderia fazer toda a diferença no apoio aos pequenos e médios Agricultores.”
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