"Por mais meios humanos, técnicos e financeiros; por uma organização que assegure a todos o acesso ao SNS e, através dele, a cuidados globais, integrados, de qualidade e em tempo útil; pela valorização de todos os profissionais; por um SNS público, universal, gratuito! Todos à rua neste sábado, 16", sublinha a CGTP em comunicado.
Na capital de distrito a iniciativa tem início marcado para as 10h00 deste sábado, 16, com concentração junto ao Centro de Saúde da cidade, ao lado do edifício da Segurança Social, para depois seguir, pelas ruas da cidade, até à porta do Hospital José Joaquim Fernandes. A Comissão de Utentes de Beja junta-se a este protesto onde, refere, vão ser recordadas as várias necessidades que o concelho, e distrito, apresentam na área da saúde, assim como apelar à urgência nas soluções que "merecemos", principalmente os "muitos utentes da área de abrangência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) que permanecem sem médico de família".
No documento de divulgação desta jornada nacional de luta, a CGTP sublinha que "quase metade do Orçamento do Estado para a Saúde vai para os grupos privados, estimulando o negócio da doença, pagando serviços que o SNS poderia e deveria assegurar. Apesar de os centros de saúde e de os hospitais públicos sobreviverem com dificuldades, e mesmo assim continuarem a ser fonte de progresso social, é o SNS que garante a generalidade dos cuidados com impacto, nomeadamente, na elevada cobertura vacinal e nos tratamentos inovadores. Os grupos económicos constroem grande unidades a contar com o dinheiro de todos, mesmo que, quando é preciso, a resposta tenha de ser encontrada no público, como aconteceu durante a pandemia covid-19".
É reiterado, também, que "o SNS é a garantia do acesso universal à generalidade dos cuidados de saúde, independentemente das condições económicas e sociais de cada um, premissas essenciais à qualidade de vida da população e ao desenvolvimento do País".
O MUSP e as comissões de utentes perante opções políticas erradas, consideram que são necessárias soluções urgentes de defesa e reforço do SNS, nomeadamente:
• assegurar o atendimento de urgência acessível nos Centros de Saúde, para situações que não necessitem de tratamento hospitalar
• investir nos serviços hospitalares para reduzir as listas de espera em consultas e cirurgias
• garantir as carreiras e melhorar as remunerações dos profissionais de saúde para os fixar nos cuidados primários de saúde
• melhorar as condições de trabalho e de atendimento dos Centros de Saúde
• investir no SNS e nos seus profissionais, em vez de transferir cada vez mais recursos para o sector privado
São estas as medidas que, neste sábado, dia 16, o MUSP e as comissões de utentes vão exigir do Governo.
Foto: arquivo de iniciativas anteriores da Comissão de Utentes de Beja.
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