A CDU refere que o Executivo Municipal prometeu “Fazer diferente, fazer melhor” e que “no caso das acessibilidades, e noutros, a realidade não corresponde ao prometido”. Na questão das acessibilidades “é preciso urgentes intervenções e obras de requalificação”, é acrescentado, referindo que “mesmo tendo executivos anteriores criado condições favoráveis, destacando-se a disponibilidade de uma central de produção de massas asfálticas a quente, assim como um conjunto de equipamentos que tinham resposta à altura numa equipa de operacionais motivados para dar resposta às necessidades”, este investimento não foi feito. As declarações são de Vítor Picado, da CDU de Beja.
Vítor Picado prosseguiu identificando as acessibilidades com necessidades mais prementes e começou pela EM 511, conhecida como a estrada da Salvada e que serve Cabeça Gorda, Salvada e Quintos. Sobre esta diz que “se degradou profundamente nos últimos 3 anos, tal como foi reconhecido em reunião pelo presidente da Câmara, encontrando-se em adiantado estado de deterioração, tornando-se extremamente difícil a circulação em condições de segurança”. Sublinha, igualmente, que “a necessidade de intervenção verifica-se um pouco por todo o concelho”, deixando como exemplos, entre outros, “a ligação para a freguesia de Quintos a partir da EM 513” e a “ligação entre Santa Vitória e Mina da Juliana”. Acrescenta que há “ruas e caminhos rurais nas freguesias que apresentam níveis elevados de degradação e que não obstante as inúmeras solicitações dos executivos das juntas de freguesia para uma intervenção atempada, adequada e eficaz, o assunto continua a não ter resposta por parte da maioria socialista na Câmara Municipal de Beja”.
Vítor Picado fala, igualmente, da “falta de capacidade deste Executivo Municipal de defender o concelho no plano nacional”, dando como exemplo “o estado de degradação a que a estrada para Beringel chegou, acessibilidade do IP8, via estruturante para o desenvolvimento”. E pergunta: “Mas que defesa do «Centro do Sul» é esta quando não foram dados passos significativos de ordem reivindicativa para defender, nas instâncias adequadas, os interesses de Beja?”. A “supressão de carreiras na ligação da cidade às freguesias que muito têm prejudicado as populações também é denunciado”.
Paulo Arsénio responde que “as declarações da CDU são compreensíveis no contexto das autárquicas” e que já “se trata de disputa eleitoral”. Acrescenta que o seu Executivo tem consciência que “não é possível arranjar as estradas todas em 4 anos”, mas que “tem feito um esforço para o fazer”. O presidente da Câmara de Beja recorda que não “prometeu intervenção nas acessibilidades”, em 2017, e que “mesmo assim fez um plano, apresentado em 2018, que está praticamente finalizado”. Deixa acusações ao anterior executivo dizendo que “nesta matéria fez menos e pior” e revela que vai “intervencionar a estrada que liga Santa Vitória e a Mina da Juliana, através de um empréstimo de 700 mil euros que a autarquia vai contrair para este efeito”.
Sobre o IP8 referiu, Paulo Arsénio, que “deve ser intervencionado com rapidez”, mas recordou que “há concursos a decorrer, que já deveriam ter sido lançados há 3 anos” e que “o anterior Executivo poderia ter pressionado” para terem sido “feitos mais cedo”. Frisa que “estão a ser dados passos, ainda que ténues, para resolver esta questão” e lembra que “esta não é a primeira marcha lenta da CDU no IP8”, dizendo que “com a anterior não se ganhou um metro de asfalto”. O presidente da Câmara de Beja frisa que o IP8 está inscrito no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2020/2030 e no Plano Nacional Rodoviário (PNR).
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