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Cáritas de Beja diz que “a médio prazo” pode ter que fechar valências

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Cáritas de Beja diz que “a médio prazo” pode ter que fechar valências

“A Cáritas de Beja ainda vai conseguindo responder”, mas Isaurindo Oliveira, presidente, diz que “se quem pode ajudar continuar a não o fazer, a médio prazo há valências que podem ter que deixar de existir”.

O presidente da Cáritas de Beja deixa este “alerta”, que esclarece “tratar-se de uma chamada de atenção pois tudo está a aumentar e consequentemente as despesas de uma instituição como esta, que está no terreno todos os dias a ajudar”.

Isaurindo Oliveira garante que “se vai conseguindo responder, mas os problemas de tesouraria vão aparecendo e a possibilidade de, no espaço de três a seis meses, haver respostas que tenham de fechar é grande”.

O presidente da Cáritas de Beja chama a atenção, e identifica, as entidades, entre outras, que “não estão a ajudar como deveriam” e fala, por exemplo, “da Segurança Social, que tem faltado nos ajustes dos apoios a conceder e do Ministério da Saúde, que financia a Comunidade Terapêutica”.

Não poupa, contudo, Isaurindo Oliveira, o tecido empresarial do território, que, na sua opinião, tem, igualmente, que “contribuir”, deixa mesmo o exemplo dos agricultores. Esclarece que “há a questão dos imigrantes a que a Cáritas é chamada a responder, mas não nos podemos esquecer que esse também é um problema de quem tem explorações agrícolas e deve ajudar, tal como a comunicação social”, sublinha. “Faz-se grande alarido quando as coisas acontecem e depois deixam de falar dos assuntos como se tivessem desaparecido”, sistematizou.

“Se acham que a Cáritas de Beja faz um trabalho honesto e necessário ajudem, se consideram que não é assim deixem cair”, desabafa Isaurindo Oliveira.

“Há já uma resposta, o CAES que não vai para a frente”, revela o responsável da Cáritas de Beja. “O Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) para os imigrantes timorenses poderia dar esta resposta no distrito, que não existe, mas o financiamento proposto não é aceitável e esta hipótese não pode avançar”.

“A Cáritas de Beja tem 64 pessoas a trabalhar a tempo inteiro e 50 por cento são licenciados. Tem um serviço de apoio domiciliário que responde a 70 pessoas e mais 64, através de protocolo com a Segurança Social, tem o Serviço de Rendimento Social de Inserção, que ajuda 120 pessoas por dia, outro de atendimento e acompanhamento social, que vai passar para a alçada do Município, que chega a 1000 pessoas”, recorda Isaurindo Oliveira.

O presidente da Cáritas continua a identificar as respostas, referindo mais o “Serviço de Apoio ao Migrante, que atendeu e acompanhou, este ano, 900 pessoas, uma Comunidade de Inserção, que aloja, encaminha e integra 22 pessoas, uma Comunidade Terapêutica, em Nossa Senhora das Neves, que dá resposta a 30 pessoas com dependências, um projeto dedicado aos sem-abrigo, já deste ano, que visa estabilizá-los e fazer o seu encaminhamento e, ainda, dá respostas ao nível da empregabilidade e do voluntariado”.

Um “universo de respostas que precisa da ajuda das entidades responsáveis, assim como do envolvimento de todos, sem exceção, porque as situações sociais, bem como a sua resolução, é um problema que diz respeito a toda a gente”, deixa claro o presidente da Cáritas de Beja.



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