O presidente da Cáritas de Beja, Isaurindo Oliveira, explicou que o futuro CAES resulta de uma parceria com a Segurança Social e irá funcionar no edifício da Casa do Estudante, no centro da cidade.
“Será uma estrutura que abrangerá toda a gente”, nomeadamente “as pessoas que recorram à Linha 144 (Linha Nacional de Emergência Social)”, disse.
Isaurindo Oliveira acrescentou que o CAES “será um alojamento de curta duração até que as pessoas” em situação de emergência social “consigam ser colocadas”, lembrando que “Beja é o único distrito que não tem esta estrutura”.
O novo CAES de Beja terá capacidade para acolher 30 pessoas e irá ocupar as instalações da Casa do Estudante, que irão ser alvo de obras de requalificação, “nomeadamente nas acessibilidades”.
O projeto está avaliado em cerca de 800 mil euros, tendo um apoio de 85 por cento garantido através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Enquanto o CAES não entra em funcionamento, continuará aberta a Estrutura de Alojamento Coletivo de Emergência da Cáritas de Beja, que neste momento apoia, de “forma precária”, a comunidade timorense, disse Isaurindo Oliveira.
O projeto de abertura do CAES surge depois de, em dezembro de 2022, o presidente da Cáritas de Beja ter assumido a possibilidade da instituição fechar ou reduzir algumas da suas respostas sociais, devido à demora nos pagamentos por parte do Estado.
Segundo adiantou, as dificuldades “mais prementes” foram entretanto minimizadas, “pois houve uma série de pagamentos feitos” pelo Estado e “essa pressão, pelo menos tão vigente, está atenuada”.
Isaurindo Oliveira acrescentou que a Cáritas de Beja “é uma instituição que não tem dívidas” e que a maioria dos serviços que presta “é economicamente viável”.
“Mas, por vezes criam-se problemas de tesouraria muito complicados” e a possibilidade de encerrar serviços “continua sempre em cima da mesa”, admitiu.
Foi o que sucedeu com a Loja de Proximidade, que a instituição tinha a funcionar no centro da cidade de Beja e que fechou portas no início do ano, por “razões económicas”.
“Durante três ou quatro anos aquilo deu algum rendimento, que suportava a funcionária e dava para funcionar”, mas nos últimos tempos “passou a dar um prejuízo muito grande”, pelo que a solução foi encerrar a loja, justificou o presidente da Cáritas de Beja.
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