O documento seguiu, também, para a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), a Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA) e a Misericórdia, responsável pela gestão deste serviço,
A autarquia serpense tem vindo a expressar nos últimos anos, frisa no documento, “uma preocupação face à progressiva degradação da prestação de cuidados de saúde no concelho de Serpa. Com a evolução negativa da situação foram, durante o ano de 2022, estabelecidos contactos com as entidades que tutelam esta área de intervenção, designadamente o Ministério da Saúde, a ARSA, a ULSBA e a Santa Casa da Misericórdia de Serpa com o objetivo de analisar, avaliar e contribuir para encontrar soluções, relativamente à prestação dos cuidados de saúde”.
João Efigénio Palma, presidente da Câmara de Serpa, esclarece que num "concelho com população envelhecida e a precisar de fazer longas distâncias para chegar a Beja, a falta desta resposta agudiza ainda mais as suas situações de saúde".
Acrescentou que enviou este documento para que "seja dada uma resposta, no sentido de se repor o serviço em falta, ou seja, perceber com o que se conta, tendo em atenção, e nada tendo contra a Misericórdia, que a gestão atual não é capaz de manter esta resposta de saúde essencial no concelho de Serpa e nos limítrofes".
A Câmara de Serpa reforça que “tem manifestado sempre o seu apoio à luta das populações face à degradação da prestação de cuidados no Hospital de São Paulo e serviços prestados pela Santa Casa, desde 2015, através do Acordo de Cooperação relativo à devolução do Hospital de São Paulo à Misericórdia de Serpa, saindo assim esta unidade de saúde, da esfera do Serviço Nacional de Saúde”.
A autarquia sublinha, ainda, que “no dia 3 de julho, no âmbito da Iniciativa «Saúde Aberta», o executivo municipal teve oportunidade, mais uma vez, de manifestar as suas preocupações ao ministro, sobre o Hospital de São Paulo. O ministro revelou estar a analisar a situação, com grande preocupação, e a trabalhar para uma eventual reversão do acordo estabelecido”.
A Câmara de Serpa diz, igualmente, que considerou que "o recente fecho do serviço de atendimento permanente transmite à população uma ideia de encerramento anunciado, e manifesta incapacidade da Misericórdia de Serpa em cumprir os compromissos firmados, lesando a população no direito à saúde, um direito essencial constitucionalmente protegido”.
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