“Num distrito, como o de Beja, com um período de seca prolongado, se não fosse o Alqueva, que também fornece água para consumo humano, a situação seria ainda mais dramática”, salientou Domingos Fabela à Voz da Planície.

Embora “esta não seja uma situação nova” é “preocupante”. E são “os bombeiros que conseguem valer às populações, para terem água para consumo e uso doméstico. Prestam este serviço de forma solidária e em articulação com as câmaras municipais”, sublinhou o presidente da Federação Distrital.

Odivelas e Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. Póvoa de São Miguel, no de Moura e Nave Redonda e Monte da Estrada, em Odemira, são as localidades dependentes deste serviço para terem água nas torneiras. Os abastecimentos são feitos diariamente e podem chegar aos 60 mil litros.

Mas os “soldados da paz” estão a fornecer água, igualmente, a pedido, para a pecuária. Há explorações no concelho de Serpa que estão a solicitar aos bombeiros ajuda para «matar a sede» aos animais e este é outro aspeto onde já se vive uma situação alarmante”, frisa Domingos Fabela.

Neste contexto, já são muitas as entidades a apelar ao consumo racional de água. Destacamos os apelos dos municípios onde as situações de abastecimento, nalgumas localidades, têm de ser feitas por autotanques.

E a campanha de sensibilização, anunciada publicamente pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática e no terreno desde ontem, com o nome: Fecha a Torneira. Uma iniciativa do Grupo Águas de Portugal e da Agência Portuguesa do Ambiente, com o apoio do Fundo Ambiental e o parceiro Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). O apelo vai para a redução de consumos.