“Tudo parece indicar que, no Alentejo, nos séculos XVI, XVII, XVIII e mesmo XIX, a pintura mural deteve, sobretudo em contextos de ruralidade, uma importância só comparável com a que, na segunda metade do século XV e alvores do século XVI, tivera nos pequenos templos românicos do Entre Minho-e-Douro e, em certa medida, igualmente comparável, no jogo que teceu com o espaço arquitetural, com a talha e o azulejo, que em outras zonas e no mesmo período completavam frequentemente a banalidade planimétrica das «churches-box».
A preponderância do "fresco" na pintura do Concelho de Cuba enquadra-se nesta realidade e é bem provável que se venha a revelar ainda mais extensa, pois igrejas há onde apenas foram feitas algumas sondagens pontuais e outras igrejas onde não foi ainda feita qualquer investigação, que bem poderão ter, como tantas vezes acontece, algo para mostrar sobre a alvura das espessas camadas de cal. Assim se descobriram, recordemo-lo, os fascinantes «frescos» de Vila Ruiva”. In “a Pintura dos séculos XVI a XVIII no Concelho de Cuba.
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