Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, classificou o orçamento para 2024 como um documento de "continuidade do programa apresentado pelo PS, em maioria no executivo, e que incorpora propostas de outras forças políticas".
O "equilíbrio das contas num orçamento que aposta na modernização e na realização de obras públicas exequíveis em Beja, alicerçado em fundos comunitários" foram aspetos realçados pelo presidente Paulo Arsénio.
Deixou claro, igualmente, que "é um orçamento que apoia os bombeiros e que reforça as verbas a transferir para as juntas de freguesia do concelho, ou seja, mais 20 por cento. Isto significa 361 mil euros no total para as freguesias do concelho de Beja, que vão receber já a partir de 1 de janeiro".
Os vereadores da CDU decidiram-se pela abstenção na votação, justificando a mesma pela "aproximação conseguida relativamente a algumas propostas efetuadas, entre elas o aumento de transferência de verbas para as freguesias do concelho, o reforço do apoio às instituições de solidariedade social, bem como a manutenção das ajudas aos agentes culturais".
Na declaração de voto apresentada, Vítor Picado disse que este "não é o orçamento da CDU", explicando os motivos que levaram esta força política a optar pela abstenção.
Recordou, contudo, um conjunto de aspetos, que já tinham sido divulgados, recentemente, onde se aponta, entre outros aspetos, a "falta de estratégia deste executivo", bem como a dificuldade "em apresentar um "calendário de intervenções nas freguesias do concelho, a parca verba destinada à estratégia local de habitação, assim como as perdas de financiamento para a cultura, o Fórum Romano e o parque industrial de Beja".
O vereador Nuno Palma Ferro, do Beja Consegue!, que votou conta, na declaração de voto apresentada deixou "críticas ao executivo PS e aos vereadores da CDU", realçando que "foi a Coligação Democrática Unitária a viabilizar um orçamento onde conseguiu mais 90 mil euros para todas as freguesias do concelho, em 2024".
Nuno Palma Ferro identificou as três razões que justificam o seu sentido de voto, que garantiu "não serve interesses pessoais", sendo que a primeira foi a "ausência de ideias pois o documento tem muitas pequenas obras, mas faltam as estruturais, que captem, por exemplo, jovens e empresas".
A segunda razão tem a ver com a "postura de reação e nunca de proatividade mantida há dois anos". Criticou "a caixa financeira reservada para obras que avançou para 2025, curiosamente ano de eleições, como o Museu de Banda Desenhada e a circular Sul".
Por último salientou, a "incapacidade demonstrada na execução dos orçamentos propostos até agora e que tem sido sempre baixa".
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