O despacho que nomeia os juízes presidentes de várias comarcas do país é do passado dia 3 e entre eles pode ler-se o nome do juiz António Joaquim Conceição da Silva que substitui no cargo de juiz presidente da Comarca de Beja, já em janeiro, José Lúcio. E foi José Lúcio quem revelou à Voz da Planície que o juiz que o substitui tem fortes ligações a Beja e que sai de Santiago do Cacém, onde está há muitos anos, para abraçar esta missão.
José Lúcio esteve à frente da Comarca de Beja quase sete anos. Começou em 2014, passou por uma reorganização que determinou para o distrito uma única Comarca, tem denunciado e apelado à resolução dos problemas das instalações dos tribunais que a integram e viu passar dois concursos para a construção do novo Palácio da Justiça que não deram em nada, estando um terceiro a caminho. E é com “mágoa”, confidenciou, que sai sem a questão das instalações judiciais resolvidas. Neste contexto faz duras “críticas” a algumas forças vivas que reivindicam muito para a região esquecendo esta questão, assim como à burocracia da Administração Pública que não ajuda nestas matérias.
“Uma cidade também se dignifica pelos serviços públicos que tem” frisa José Lúcio, recordando que há mais de 40 anos que nenhum edifício de raiz foi construído em Beja e lembrando que o último foi o do Instituto Politécnico. “A desertificação também se mede por aqui”, disse, José Lúcio e neste contexto reportou-se à possibilidade do Tribunal Administrativo e Fical (TAF) poder sair de Beja, revelando que essa possibilidade se colocou quando chegou à Comarca de Beja em 2014, por falta de instalações, quando Portel as tem e que esta situação pode voltar a colocar-se.
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