Os eleitos da CDU na autarquia bejense consideram que “o sucesso, nacional e além-fronteiras, do Festival Internacional de Banda Desenhada devia motivar a criação de mais um polo de atração ao território, não apenas em termos turísticos, mas também como fator catalisador do progresso económico e social de Beja”.
Nesse sentido, os vereadores da oposição entendem que “abandonar o projeto do Museu de Banda Desenhada é (mais) um erro do executivo PS na Câmara Municipal, que vem confirmar, mais uma vez, a ausência de uma política estratégica de desenvolvimento na área da cultura, como em tantas outras, comprometedora do desenvolvimento da nossa região”.
“O Museu de Banda Desenhada será um nicho potenciador de fixação de gente e de criação de emprego, direto ou indireto, em torno da indústria da Banda Desenhada”, realça o comunicado, acrescentando que “o entusiasmo que o projeto, único no país, criou, nomeadamente junto de artistas, editores e outros empresários do ramo, motivou forte interesse pela cidade e pela região, que se foi desvanecendo e perdendo, devido à completa e constrangedora insensibilidade e falta de visão do atual executivo municipal”.
Sónia Calvário, vereador da CDU na autarquia bejense recorda que na apresentação pública do Festival de Banda Desenhada, em 2018, no 1º ano de mandato do atual executivo foi assegurado que haveria continuidade deste projeto.
A vereadora esclarece, ainda, que os eleitos da CDU questionaram o presidente do município sobre esta matéria. O autarca terá reconhecido que, uma vez que o projeto não estava integrado no programa eleitoral, não iria ter para já continuidade, decisão que causou apreensão nos vereadores da oposição.
Os eleitos da CDU recordam que “a aposta na valorização, estímulo e revitalização do centro histórico como fator de desenvolvimento e impulsionador de turismo e emprego, era um dos eixos centrais do trabalho da CDU na Câmara Municipal de Beja no anterior mandato”.
“Projetos como o Museu de Banda Desenhada inseriam-se numa lógica global, a par de outros, como a classificação do Centro Histórico de Beja, o Museu Regional Rainha D. Leonor, a reabilitação do antigo Clube Bejense e do Parque Vista Alegre, o relançamento do Fórum Histórico de Beja, o Centro Multicultural, bem como a dinamização destes espaços, com atividades e iniciativas de valorização e promoção da história patrimonial e cultural de Beja, que visavam, de forma integrada, promover e afirmar a cidade, concelho e região”, dizem ainda os vereadores comunistas.
Recorde-se que em 2016, foi anunciado pela Câmara Municipal de Beja - liderada, na altura, pela CDU - e, também, por Paulo Monteiro, diretor da Bedeteca e do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, a criação do primeiro Museu de Banda Desenhada em Portugal.
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