“O objetivo é garantir que até 2026 haja um aumento médio acumulado de 20 por cento dos salários dos trabalhadores face a 2022”, indica a proposta “para um acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, salários e competitividade”, que o Governo apresentou na Concertação Social.
Uma possibilidade que tem, segundo o Governo, “como pressupostos, para este objetivo, uma inflação de médio prazo de dois por cento, de acordo com o Banco Central Europeu, e uma taxa de produtividade de um e meio por cento, entre 2023 e 2026”, avançou a Lusa.
Os sindicatos, por sua vez, mostram a sua indignação perante a proposta do Governo. E apresentam números/percentagens que justificam o que consideram ser “uma afronta aos trabalhadores”, pois, frisam, “só os bens alimentares sofreram aumentos na ordem dos 13 por cento, sem falar dos custos acrescidos que têm de ser suportados por quem trabalha na energia e nos combustíveis”, isto mesmo disse à Voz da Planície Maria da Fé Carvalho, da União dos Sindicatos do Distrito de Beja (USDB).
“Participar nas reuniões da Concertação Social e ir para a luta são as possibilidades que restam aos trabalhadores”, lembra Maria da Fé Carvalho, recordando, igualmente, que “há uma manifestação, agendada para 15 de outubro para Lisboa, pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), para defender salários dignos e que consigam pagar o aumento do custo de vida.”
Maria da Fé carvalho apela, ainda, “aos trabalhadores, do setor privado e do público, que se juntem, e lutem, em defesa de melhores salários para todos.”
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