Quando se iniciou o debate sobre os produtos essenciais a incluir, Ana Marta Faria defendia a inclusão de produtos que “respeitassem a nossa tradição e, se possível, produtos nacionais, diversificados, dentro da nossa roda dos alimentos e assegurando que cada um dos sete grupos estaria representado”. Depois de conhecida a lista, a nutricionista ficou satisfeita.
A especialista em nutrição refere que os produtos escolhidos têm como objetivo uma alimentação saudável.
“Desde cereais, derivados e tubérculos, leguminosas, fruta, hortícolas, lacticínios, carne, pescado e ovos, as gorduras e os óleos”, são os produtos que deviam estar na mesa de todos, como “base alimentar”.
O aumento dos preços e do custo de vida e as dificuldades económicas que estamos a atravessar são uma das preocupações desta nutricionista que refere que “as famílias não têm para onde se virar e cortam na comida, começando a comer pior. As alterações ao padrão alimentar [na quantidade e/ou na qualidade] devem-se essencialmente à falta de dinheiro".
As consequências destas escolhas acabam depois por se refletir no “estado de saúde e de nutrição” das pessoas, acrescenta.
E deixa um concelho, devemos focar-nos na alimentação básica, na “alimentação do antigamente”.
Ana Marta Faria deixa, ainda, um apelo às famílias que estejam a passar por dificuldades: “Peçam ajuda”. Acrescenta ainda que apesar de estarmos fora dos grandes centros, há instituições de cariz social que podem ajudar, salientando que nos devemos focar e investir na alimentação básica do dia a dia.
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