No Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas, que hoje se assinala, a APAV lança uma campanha que visa alertar que o fenómeno da violência contra pessoas idosas está a crescer e não se limita a formas de violência facilmente identificáveis como tal.
Passa também por comportamentos aparentemente não violentos, mas que retiram às pessoas idosas poder de decisão, autonomia, liberdade e dignidade, são violações de direitos humanos e abrem caminho para formas mais graves de violência.
A responsável lamentou que a sociedade atual veja o envelhecimento como sinónimo de perda de capacidades e maior dependência e que por isso se veja muitas vezes as pessoas idosas “não como cidadãos e cidadãs de pleno direito, mas já quase como pessoas que não têm plena capacidade de exercício dos seus direitos”.
A APAV apoiou no ano passado um total de 1.671 pessoas idosas vítimas de crime e de violência, o que equivale a uma média de quatro por dia.
Trata-se de um aumento de 9,4% face a 2022, o que, segundo Marta Carmo, não significa necessariamente um aumento dos casos de violência.
Segundo os dados das pessoas idosas apoiadas pela APAV nos últimos anos, mais de três em cada quatro são mulheres, metade tem entre 65 e 74 anos e é reformada, e na maioria dos casos a violência é exercida pelos filhos ou filhas (29,1%). Há também uma percentagem significativa de casos em que o agressor é o cônjuge.
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com