Tendo em atenção a localização nesta aldeia, Fortes, no concelho de Ferreira do Alentejo, de uma unidade que recebe bagaço de azeitona e conhecendo bem as consequências ambientais e para a saúde de quem ali vice, esta Associação teme que “se venham a multiplicar a abertura de novas fábricas.” E é neste sentido que sugere a transformação do bagaço em composto, recordando que “é um recurso agronómico de grande valor e utilizado em algumas explorações agrícolas sustentáveis”.
A Associação “Amigos das Fortes” defende mesmo, que “a fileira do olival deve seguir o caminho da sustentabilidade e o aproveitamento dos fundos comunitários em torno da economia circular, sendo exemplo disto a herdade do Monte Novo e o Olival da Risca em Serpa – o 1º projeto piloto da EDIA como centro de compostagem URSA.”
A Associação denuncia, ainda, o facto, de esta situação colocar em evidência “as fragilidades do modelo de desenvolvimento e exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), que tem assentado na monocultura do olival sem que os organismos responsáveis olhem para o território, para as comunidades e para o necessário reforço dos serviços e equipamentos públicos, para além da necessária estratégia a desenvolver de fixação de agroindústrias amigas do ambiente que possam corresponder aos subprodutos originados por esta monocultura sem colocar em causa a sustentabilidade económica e ambiental.”
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