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Educação

Aposentaram-se quase três mil e 400 professores no ano letivo passado

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Aposentaram-se quase três mil e 400 professores no ano letivo passado

Mais de 55 por cento dos docentes em Portugal tem 50 ou mais anos de idade. O número de aposentações cresce a cada ano que passa e as novas entradas de diplomados em ensino são "claramente insuficientes".

No ensino público, a percentagem de docentes com 50 ou mais anos de idade ultrapassa os 55 por cento, com exceção dos do 1.º Ciclo do Ensino Básico (42,1 por cento). Já a faixa dos que têm menos de 30 anos é residual. Segundo o Estudo de diagnóstico de necessidades docentes de 2021 a 2030, "esta realidade mostra que não tem ocorrido um rejuvenescimento na profissão docente e que um número significativo de docentes atingirá a idade da reforma nos próximos seis ou sete anos".

O mesmo estudo aponta para a necessidade de recrutamento de docentes nos próximos anos, na ordem dos três mil e 450 por ano até 2030, para o conjunto dos vários grupos de recrutamento. Este ano letivo, entre setembro de 2022 e agosto de 2023, serão três mil e 339 os docentes aposentados. Este mês reformam-se 300 e, em agosto, 289. Considerando os anos civis, 2022 bateu o recorde de aposentações registadas desde 2014, com duas mil e 401 reformas. 2023 soma já duas mil e 106 saídas, devendo superar os números de 2022 já em setembro.

As aposentações multiplicam-se a cada ano letivo e as escassas novas entradas de jovens professores traduzem-se num saldo negativo. Segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), "o número anual de diplomados de mestrados em formação de docentes é claramente insuficiente para satisfazer as necessidades de recrutamento cumulativas de novos docentes previstas até 2030 para a grande maioria dos grupos de recrutamento".

Os números mais recentes divulgados pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) não deixam margem para dúvidas. Há disciplinas cujo número de diplomados a sair das universidades é residual. Apenas Educação Física, Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico não mostram escassez de diplomados. Em 2021, saíram das universidades portuguesas mil e 531 jovens com mestrado de via ensino (o diploma que permite dar aulas como profissionalizado em Educação) para os vários ciclos de ensino (desde o pré-escolar ao secundário). Destes, quase metade são de Educação Física e de pré-escolar/1.º ciclo. Há, assim, disciplinas com poucos "novos professores" formados.



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