Deixou a cidade de Beja há 9 anos, rumou ao Luxemburgo - como muitos - na procura de um melhor futuro para a família. Trabalhou por conta de outrem e há dois anos criou de raiz o Tapas, um pequeno restaurante que gere com a Sónia, sua mulher.
Mesmo considerando que os portugueses são a maior comunidade estrangeira do Luxemburgo, não deixa de ser surpreendente entrar num restaurante e ver na mesa o vinho, o queijo Serpa, os torresmos, o paio, a linguiça, as azeitonas e até o pão alentejano. Estamos no Tapas, o restaurante que António Castanho, figura muito conhecida e querida na sua cidade de Beja, pôs de pé numa aventura de trazer para o Luxemburgo "o melhor do Alentejo".
Para António Castanho, mais do que os prémios que tem recebido, a sua maior satisfação é poder apresentar o melhor que o Alentejo tem e ver os clientes satisfeitos.
Ponto de encontro de muitos alentejanos residentes no Luxemburgo, é quando recebe gente de Beja que o coração de António Castanho bate mais forte, como ele próprio diz " esses momentos dão-me anos de vida".
Não se pergunta a um imigrante se pensa voltar ao seu país, porque a resposta é quase sempre óbvia, apesar do negócio correr de feição, António Castanho pensa nisso todos os dias.
Sabe que vai voltar. Falta saber quando.
