Fátima Mourão referiu que “foi a terceira vez que a Associação esteve na Assembleia da República (AR)” e que “voltou a pedir ajuda porque a população precisa de ser salva”. Recordou que “a fábrica labora 11 meses no ano quando não o devia fazer” e que “a vida nesta aldeia do concelho de Ferreira não é possível nos termos em que a fábrica continua a atuar”.
Na Comissão de Ambiente e Território, onde os Amigos das Fortes estiveram no passado dia 23, foram ouvidos por diversos representantes dos partidos. João Dias, o deputado do PCP eleito por Beja e responsável por esta iniciativa esclarece que “a situação em Fortes não está a melhorar”. Neste contexto, avançou que “na quarta-feira, dia 30, são ouvidas nesta Comissão, também, as diversas entidades responsáveis por esta matéria. O objetivo”, afirmou, “é construir um quadro legal que permita o convívio equilibrado nos territórios da produção industrial e do ambiente, assim como chamar as entidades competentes a cumprirem o seu papel”.
Recorde-se que no princípio do passado mês de junho foi realizada no Tribunal de Beja “uma audiência de julgamento em procedimento cautelar”. A providência cautelar foi interposta pelo procurador de Ferreira do Alentejo “pela situação das Fortes”. Nesta audiência foram ouvidos moradores e responsáveis da ZPO, mas o resultado foi favorável à empresa, que, segundo Fátima Mourão, “conseguiu provar que representa um mal menor”. Fátima Mourão diz ser “mentira esta afirmação” e revela que “há alternativas. Em Serpa há um projeto-piloto, a URSA, que pode tratar o bagaço de azeitona desta fábrica, libertando a aldeia de Fortes deste martírio”.
Perderam no Tribunal de Beja, mas os Amigos das Fortes continuam com 25 queixas crime por resolver no DIAP de Évora e acreditam que nesta instância vão conseguir “provar que a poluição a que são sujeitos não é pontual como se quer fazer acreditar, nem praticada nas condições que a lei determina”.
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