O Guião de Inovação Pedagógica (GIP) tem como objetivo apoiar as escolas e por isso apresenta vários caminhos que podem ser utilizados no planeamento das iniciativas, “não se pressupondo que sejam todos aplicáveis a todas as iniciativas”, lê-se no documento hoje divulgado.
Sublinhando que cabe às escolas definir quais as melhores opções a seguir, tendo em conta a sua realidade e os seus objetivos, o GIP defende que o foco deve estar nos alunos e nas aprendizagens.
O documento salienta a importância de uma gestão do currículo flexível, assim como de uma interdisciplinaridade e transdisciplinaridade e uma relação entre a escola e a vida dos alunos.
O CNE defende que deve ser valorizada a diversidade dos alunos, garantindo a “ampliação da ‘voz’”, através de mais iniciativas, maior participação e reflexão, assim como apostando no pensamento crítico, na cooperação, na tomada de decisão ou mesmo na autorregulação.
Sobre a forma de aprender, o GIP aponta para tarefas “autênticas ou realistas, articulando o desenvolvimento de competências disciplinares e transversais”.
Já sobre a avaliação, também deve haver “tarefas de avaliação autênticas ou realistas”, sem esquecer que os processos e critérios de avaliação têm de ser transparentes e que pode haver uma negociação.
“Feedback formativo, autoavaliação, avaliação entre pares”, assim como participação na definição de modalidades de avaliação são outras das propostas do CNE.
O guião salienta também que os espaços físicos e virtuais, tanto dentro como fora da escola, devem ser desenhados de forma a garantir que sejam “facilitadores do diálogo, da participação e da inclusão”.
Além do foco nos alunos e na aprendizagem, o GIP analisa outras duas dimensões: o lado social e “uma orientação local e sistémica”.
No que toca ao “sentido social”, o documento salienta a importância de garantir uma educação inclusiva e a pensar numa cidadania democrática, sem esquecer que se pode sempre voltar à escola e que a aprendizagem pode e deve ser feita ao longo da vida.
Na “orientação local e sistémica”, o Guião aponta para a possibilidade de integrar a inovação noutros projetos, que tanto podem ser os projetos educativos da escola, de interação com a comunidade ou projetos educativos de âmbito local, regional, nacional ou mesmo internacional.
O Guia defende ainda a importância de desenvolver pedagogias de cooperação e solidariedade assentes em princípios de não discriminação, respeito pela diversidade e diminuição das desigualdades.
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