De acordo com os dados atualizados no portal Infoescolas, 51 por cento dos alunos carenciados, matriculados nas escolas do distrito de Beja, conseguiram concluir o ensino secundário no tempo esperado, ou seja, em três anos.
É a percentagem mais baixa registada em Portugal continental naquele ano letivo, mas a dificuldade não é apenas entre os estudantes beneficiários de ação social escolar. Olhando para todo o universo, 68 por cento dos finalistas bejenses chegaram ao final do 12.º ano sem chumbar.
O distrito destaca-se, também, pela negativa quando se olha para o indicador “equidade”, que permite comparar os resultados dos alunos mais carenciados com a média nacional, calculada tendo por base os alunos do País que, ao entrarem no ensino secundário profissional, tinham um perfil semelhante em termos de idade, apoios, habilitação da mãe e categoria da escola.
No caso de Beja, a diferença é de 17,3 pontos percentuais, um número bastante distante do segundo valor mais baixo, registado em Lisboa, onde a percentagem de alunos carenciados a terminar o secundário no tempo esperado é 6,4 pontos mais baixo face à média nacional.
Pelo contrário, o novo mapa cartográfico, que passou a ser disponibilizado hoje no portal com estes e outros indicadores, destaca, pela positiva, o distrito da Guarda.
Com 80 por cento dos alunos carenciados a concluírem o secundário sem chumbar (ultrapassado apenas por Braga, com 82 por cento), Guarda é o distrito com maiores níveis de equidade e, apesar das dificuldades socioeconómicas, os alunos conseguiram superar as expectativas, conseguindo resultados 8,2 pontos percentuais acima da média nacional.
Por outro lado, a diferença entre os alunos beneficiários de ação social escolar e os restantes colegas é bastante pequena naquele distrito, uma vez que a percentagem global de alunos que concluem o secundário em três anos se fixou em 83 por cento.
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