“Levantamos algumas reservas a essa captação se exigir a libertação de caudais adicionais”, disse à agência Lusa o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), em Ferreira do Alentejo, à margem de um colóquio sobre “Alterações Climáticas, Seca e Recursos Hídricos”.
O Plano de Eficiência Hídrica do Algarve prevê a captação de água no rio Guadiana, a partir do Pomarão para a albufeira da barragem de Odeleite.
O projeto “está na calha”, mas José Pedro Salema recordou que o Alqueva já liberta “importantes caudais para cumprir o caudal ecológico a jusante” e, nesse sentido, encontra-se “muito perto da capacidade” máxima de descarga.
“Se essa captação nos obrigar a descarregar mais água, isso é uma preocupação para nós. A manta é curta. Ou tapa os pés, ou tapa a cabeça. Se já estamos todos esticadinhos e queremos mais um pouco, vai faltar a alguém”, concluiu.
O Plano de Eficiência Hídrica do Algarve prevê a captação de água no rio Guadiana, a partir do Pomarão para a albufeira da barragem de Odeleite, e a construção de uma terceira barragem no sotavento (leste) algarvio, na ribeira da Foupana.
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