“Ser ou não mineiro?” é a questão que “atravessa este filme”. “Memórias, perspetivas e horizontes dos mineiros e mineiras de Aljustrel constroem um tempo e um espaço que pertence à história de um País, de uma vila e de uma comunidade”, é referido em comunicado.
O filme reflete sobre o que aconteceu e acontece à atividade mineira no Alentejo, na transformação da estrutura social, nas aspirações de uma comunidade perdida nas escolhas de uma sociedade regulada por centro de decisão distantes, movidos por objetivos de competitividade.
A exibição deste documentário insere-se no conjunto de debates e de espetáculos, programados no âmbito da exposição “Aljustrel - 100 anos, do Fundo à Superfície”, que retrata os últimos 100 anos de vida dos mineiros, partindo da “longa e dramática greve de quatro meses no inverno de 1922/23, que obrigou os mineiros a entregar à solidariedade do operariado de várias cidades portuguesas, cerca de duas centenas de crianças para fugirem à fome, até aos dias de hoje”. A exposição está patente até ao dia 4 de dezembro, de terça-feira a domingo e a entrada é gratuita. O programa integral pode ser visitado nas redes sociais.
A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Aljustrel, das juntas de freguesia do concelho, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, da Almina-Minas do Alentejo, da Fiequimetal, da Rádio TLA, do Museu do Aljube, da CGTP, da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), do Grupo de Estudos do PCP e da União dos Sindicatos de Beja.