Laura Tarrafa, elemento da direção da CNA, explicou que a “aplicação de uma lei que não permitisse a
venda dos produtos agrícolas abaixo do preço de custo de produção” seria uma
“reposição da justiça no mercado e uma regulação da cadeia de valor”, o que
seria “fundamental” para evitar o encerramento de explorações agrícolas.
Referindo-se à dependência dos cereais do leste da Europa, a
dirigente defende que Portugal possa “produzir um bocadinho mais” para o
mercado interno, de modo a ficar menos dependente de outros países. “Produzimos
4 por cdento do trigo que consumimos. Isto é dramático num país onde a sua base
da alimentação é o pão”, exemplificou.
Segundo Laura Tarrafa, “os agricultores não querem receber
subsídios”, mas “que lhes paguem um preço justo da sua produção”, reforçou.
O preço das rações “aumentou três ou quatro vezes no espaço de
dois ou três meses”, assim como o custo com os adubos, fertilizantes e gasóleo
agrícola, que no espaço de um ano duplicou”, alertou ainda, apontando o dedo à
“especulação” que se está a verificar.
Os agricultores defendem ainda uma “majoração do apoio ao gasóleo agrícola” e a “aplicação do estatuto da agricultura familiar, com medidas concretas, como o apoio à aquisição de máquinas agrícolas”.
RVP/Lusa
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