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Acidentes rodoviários com custos elevados. Os das estradas do Alentejo são os mais caros.

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Acidentes rodoviários com custos elevados. Os das estradas do Alentejo são os mais caros.

Os acidentes rodoviários registados em Portugal em 2019 tiveram um custo económico e social superior a seis mil milhões de euros. O estudo é da ANSR e é “um instrumento para a avaliação do impacto das políticas públicas de segurança rodoviária e do investimento em segurança rodoviária, nomeadamente em infraestruturas mais seguras". Os custos mais elevados estão nas estradas do Alentejo.

De acordo com o mesmo documento, são os distritos do Alentejo os que apresentam custos económicos e sociais mais elevados devido “em boa parte ao elevado número de vítimas mortais e de feridos graves registados”, estimando-se para Beja um valor de 379.098 euros por cada desastre com vitimas, seguido de Portalegre e Évora com um custo de 322.696 euros e 262.185 euros respetivamente.

Dos 6.422,9 milhões de euros, a maior fatia (83,5%) é referente a acidentes com vítimas e os restantes a desastres sem feridos ou mortos, concluiu o estudo sobre “O Impacto Económico e Social da Sinistralidade Rodoviária em Portugal”, desenvolvido pelo Centro de Estudos de Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão e apresentado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

A segunda componente mais expressiva (representando 26,8% do total) refere-se à perda bruta de produção, estimada em 1.438 milhões de euros, seguindo-se os custos médicos (84,6 milhões de euros), os danos de propriedade (263,9 milhões de euros) e os custos administrativos (78,5 milhões de euros).

O documento apresentado pela ANSR dá igualmente conta que o custo económico e social médio de uma vítima mortal de acidente rodoviário é estimado em cerca de três milhões de euros por morte, enquanto os feridos graves são de mais de 530 mil euros por vítima.

De acordo com o estudo, os atropelamentos constituem a natureza de acidente com o custo económico e social médio mais elevado entre as diferentes categorias, com 161.737 euros por acidente, e os desastres em vias em mau estado de conservação custam 186.477 euros por acidente com vítimas.

O estudo concluiu também que o domingo é o dia da semana em que o custo médio por acidente da sinistralidade é mais elevado, com um valor médio que ascende a 181.913 euros por desastres, sendo a maior fatia atribuída às vítimas mais graves.

Os responsáveis pelo estudo constataram igualmente que agosto é o mês do ano em que um acidente rodoviário apresenta um custo mais alto, 171.578 euros.

Em contrapartida o distrito de Lisboa apresenta o custo mais baixo por acidente, 109.528 euros.

 “Entre 1995 e 2019, Portugal investiu cerca de 33.682 milhões em infraestruturas rodoviárias tendo no mesmo período evitado 174.810 milhões de euros em custos económicos e sociais, valor que corresponde a cerca de 82,3% da riqueza criada em Portugal em 2019, e que é mais de cinco vezes superior ao valor investido. Também neste período foram evitadas a perda de 24.140 vidas, de 170.456 feridos graves e de 211.615 feridos leves”, indica ainda.


RVP/Lusa

Foto: Cartrack


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