Pedro Vasconcelos, presidente do Conselho Distrital de Beja da Ordem dos Médicos, “não estranha” este resultado pois, frisa, “as pessoas não se sentem cativadas para concorrer”. A “falta de acessibilidades à capital, com comboios do século passado e sem condições para deslocações de qualidade são, também, um entrave”, deixa claro o responsável, diz o “Diário do Alentejo”.
Pedro do Carmo, deputado do Partido Socialista (PS), eleito por Beja, partilha das mesmas preocupações e considera “preocupante a incapacidade em atrair pessoal médico para a região”. Defende medidas de “discriminação positiva a nível central, mas não descarta o papel que as autarquias podem desempenhar neste objetivo”.
Também João Dias, deputado do Partido Comunista Português (PCP), eleito pelo distrito, defende “discriminação positiva e medidas extraordinárias para a fixação de médicos nos territórios do interior e lembra que o seu partido propôs, em sede de discussão do Orçamento do Estado, medidas concretas, nomeadamente, a valorização dos salários em 40 por Cento, carreiras mais rápidas e um suplemento de aquisição ou arrendamento de casa própria de 700 euros mensais”. É fundamental a “aquisição de casa própria para assegurar a permanência dos profissionais”, salienta o parlamentar. “As acessibilidades e a oferta de escolas são outros fatores que contam na hora dos médicos escolherem um local para viver”, conclui João Dias.
A Voz da Planície conta ouvir, na jornada informativa de hoje, o Conselho de Administração da ULSBA sobre este resultado, assim como fazer o ponto de situação, igualmente, sobre o que se passou com as outras vagas, de outras especialidades, colocadas a concurso na mesma altura.
De referir, ainda, que das 978 vagas do concurso nacional para clínicos de medicina geral e familiar apenas 314 foram ocupadas.
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