O referido encontro teve lugar no passado dia 19, no auditório da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas doe Alqueva (EDIA), e nele foi destacado que “o maior desafio do Baixo Alentejo é demográfico, existindo concelhos que perderam nos últimos 10 anos mais de 20 por cento da sua população” e que “a população imigrante deve ser considerada como uma oportunidade, sendo necessário atrair recursos humanos em várias áreas, como por exemplo na agricultura”.
“Os dados sobre a mão-de-obra sazonal não são coerentes, é difícil quantificar, e sem quantificação é difícil planear. O Alentejo tem neste momento cerca de 90 mil trabalhadores sazonais agrícolas. Os concelhos com mais trabalhadores são Odemira, Beja e Ferreira do Alentejo. Precisamos de mão-de-obra imigrante, mas não podemos contratar pessoas que não estão legalizadas. A situação social dos imigrantes é muito precária”, ficou claro igualmente. “Os trabalhadores sazonais fazem «commuting» rodando entre vários territórios e a resposta das empresas ao problema da falta da mão-de-obra é aumentar a mecanização, reduzindo desta forma a necessidade da mesma”, foi, ainda, sublinhado.
Foram apresentados como propostas de melhoria “a criação de um sistema partilhado de recrutamento entre sócios, articulação entre entidades locais, incluindo as câmaras municipais, as associações de agricultores e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), criação de alojamentos comunitários regulamentados, investimento em formação, inovação e tecnologia e ensinamento da língua portuguesa”.
Este encontro foi organizado pela Associação Alentejo XXI, em colaboração com a EDIA, e cofinanciado pelo Programa Operacional (PO) Alentejo, no âmbito do projeto “Alentejo XXI + capacitado e + jovem”.
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