A informação foi avançada pela organização não governamental (ONG) norte-americana Global Footprint Network.
"Quando faltam mais de cinco meses para o final do ano, em 29 de julho teremos esgotado o orçamento planetário de recursos biológicos para 2021. Se tivéssemos necessidade de uma lembrança da emergência climática a ecológica com que estamos confrontados, o Dia da Sobrecarga da Terra encarrega-se disso", referiu em comunicado, Susan Aitken, dirigente política em Glasgow.
Este índice pretende demonstrar o consumo cada vez maior de uma população humana em expansão num planeta limitado. Para exemplificar melhor, seria necessário 1,7 Terras para satisfazer as necessidades da população mundial.
O cálculo da data é feito através do cruzamento da pegada ecológica das atividades humanas e a “biocapacidade” da Terra, capacidade dos ecossistemas de se regenerarem e absorverem os resíduos produzidos pelo Homem.
A referida “sobrecarga” dá-se quando a pressão humana excede a capacidade de regeneração dos ecossistemas naturais. Há 50 anos que esta situação só tem vindo a deteriorar-se, segundo a ONG, este ano explica-se tanto pela subida da pegada do carbono, em 6,6%, como pela perda da biocapacidade florestal mundial, em 0,5%, "devido em grande parte ao pico de desflorestação na Amazónia”.
"Estes
dados mostram claramente que os planos de relançamento da era pós-pandemia só
podem ter sucesso a longo prazo se se apoiarem na regeneração e gestão racional
dos recursos ecológicos", declarou Laurel Hanscom, presidente executivo da
Global Footprint Network.
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