O conferencista foi docente de Topografia, Geodesia, Cartografia e de outras disciplinas no Instituto Politécnico de Beja durante uma década Exerceu no ramo em instituições públicas e privadas. Desde jovem que se interessa por ciência, entre outros assuntos.
"O estudo da geometria da Terra é uma saga permanente, iniciada no Neolítico, e desde então alargou o conhecimento e estreitou as incertezas sobre a(s) forma(s) e tamanho do nosso planeta.
A elaboração de calendários, associados à construção de megálitos astronomicamente orientados conduziu ao desenvolvimento da Matemática, particularmente da Geometria, com grandes desenvolvimentos na Suméria, Egito e Índia.
Esta herança foi elevada a novos horizontes na civilização clássica grega, época em que Eratóstenes avançou uma escala/tamanho para esta esfera em que vivemos, e estendida pelos eruditos árabes, com influência direta na ciência da cristandade da Idade Média, que constituiu os fundamentos da expansão marítima europeia, tendo o "Tratado da Esfera" de Pedro Nunes uma importância seminal para todos os navegantes europeus.
O Iluminismo traz um rápido desenvolvimento da ciência, sobretudo da sua linguagem de suporte, a Matemática (particularmente o Cálculo Infinitesimal). As ferramentas disponíveis culminam na Geodesia (estudo da forma e tamanho da Terra), com o trabalho de Gauss.
Os procedimentos de observação geodésica do século XVIII passam por um refinamento ótico e mecânico dos instrumentos até culminar na utilização da electrónica (na instrumentação e no cálculo).
O próximo salto qualitativo é impulsionado pela tecnologia espacial que abre horizontes e novos campos de aplicação às Ciências da Terra", sublinha a Câmara de Beja.
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