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Saúde

“A falta de especialistas tem a ver com as desadequadas condições de trabalho”

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“A falta de especialistas tem a ver com as desadequadas condições de trabalho”

O despacho ministerial já saiu em Diário da República e diz que faltam médicos, na ULSBA, em 15 especialidades. A falta “crónica” de especialistas pode ter diversas causas e hoje, na Voz da Planície ouvimos o ponto de vista dos médicos, que aponta “as desadequadas condições de trabalho, derivadas do desinvestimento no SNS,” como uma das razões pela qual continua a haver “falta de especialistas no Interior”.

Anestesia, ortopedia, ginecologia, pediatria e radiologia estão entre as especialidades mais carenciadas na ULSBA. Mas os problemas não se fazem sentir apenas no Baixo Alentejo, a urgência pediátrica do Hospital de Évora também está em risco de encerrar por falta de médicos. São denuncias que chegaram à Voz da Planície através do Sindicado dos Médicos da Zona Sul. Os médicos, assegura o Sindicato, querem “contribuir para a melhoria da capacidade de resposta do SNS, mas também reivindicam adequadas condições de trabalho”.

A médica Tânia Russo, da Direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, começa por recordar “a política de desinvestimento no SNS há muito adotada em Portugal, desviando recursos para o privado”, frisando que “esta opção tem levado a uma grande deterioração das condições de trabalho”.

É também a médica Tânia Russo quem identifica as desadequadas “condições de trabalho em que muitos médicos exercem a sua profissão, e que se sentem mais ainda no Interior”, apontando, entre outros aspetos, “a excessiva carga de horas de trabalho” a que estão sujeitos.

Segundo a dirigente sindical, Tânia Russo, os médicos não escolhem não vir para regiões do Interior devido à condição geográfica, mas sim porque “as condições de trabalho não são atrativas” e esclarece porquê.

Tânia Russo assegura que o Sindicato tem “exigido dos vários governos atenção para estas matérias e apresentado propostas”. Mas garante que “da parte dos governantes não tem havido respostas” e neste contexto refere que, “nesta legislatura, a ministra da Saúde ainda não se sentou à mesa com os sindicatos para negociar”.

O Sindicato que Tânia Russo representa tem propostas, entre elas “os Estatutos de Risco e Penosidade Acrescido”, referindo que “ficou claro durante esta pandemia esta situação”, assim como “propostas de grelha salarial, para as atividades programas/consultas, que foram adiadas devido à Covid-19 e equipas de urgências, que gostaria de ver apreciadas pela tutela”.

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