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Sociedade

“A Buganvília” depende de “caridade para se manter aberta e dar resposta às 25 crianças que acolhe”

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“A Buganvília” depende de “caridade para se manter aberta e dar resposta às 25 crianças que acolhe”


O Centro de Acolhimento “A Buganvília”, em Beja, promoveu uma jornada de voluntariado para pintar o exterior das suas instalações e conseguiu 15 pessoas para ajudar nesta missão, que decorre até amanhã, 8 de setembro. O presidente da Direção diz que “é um desafio manter a instituição aberta pois o que se recebe da Segurança Social não chega para pagar os custos com o pessoal”.

Na Jornada de Voluntariado, “A Buganvília” conseguiu 15 inscrições e têm sido estas pessoas que têm estado a ajudar, desde a passada segunda-feira, 4, na intervenção que o edifício precisa para se manter.

Luís Amaro, presidente da Direção, explicou à Voz da Planície que “não vai ser possível terminar o trabalho como estava previsto nesta sexta-feira, 8,” e que “é preciso deixar claro que os apoios que a instituição recebe da Segurança Social não chegam para cobrir os custos com o pessoal daí ser preciso recorrer à ajuda da comunidade, nomeadamente na intervenção estrutural que o edifício precisa”.

“A Buganvília” é um centro de acolhimento que visa prestar atendimento urgente e transitório às crianças em situação de perigo decorrente de maus tratos, abandono, negligência ou outros fatores. Isto significa que são enviadas para esta instituição as crianças nestas circunstâncias da sua vida e indicadas por Tribunal.

Luís Amaro realçou à nossa rádio que “A Buganvília” está “sempre no limite máximo”, ou seja, a dar resposta a “25 crianças com as quais deve trabalhar o regresso a casa ou então, no caso de não ser possível, ajudá-las a fazer o seu percurso, deixando que permaneçam institucionalizadas até que precisem”.

Há sete anos que a Direção presidida por Luís Amaro está em funções e que tem esta instituição a enfrentar “grandes dificuldades financeiras, o que tem tornado impossível cumprir os compromissos assumidos com fornecedores e Estado”.

“A verba que o Centro recebe para desenvolver a sua missão não é suficiente para o essencial, pelo que precisa de apoio da sociedade civil para manter esta casa a funcionar”, frisou o presidente da Direção de “A Buganvília”.

Esclareceu, também, Luís Amaro que “há uma diretiva europeia que determina o encaminhamento de crianças em risco para famílias de acolhimento”, mas no caso “do distrito de Beja há zero famílias de acolhimento e por isso mesmo é tão importante manter uma instituição como esta de portas abertas, até porque é a única deste território com este tipo de resposta”.

Posto isto, o presidente da Direção de “A Buganvília” realçou que “a instituição tem apelado a quem tutela estas resposta a aumentar os apoios” e como esse contributo tarda “está dependente da caridade para continuar a sua missão”. Isto significa, disse, que “A Buganvília” está “a reinventar-se e a apostar em iniciativas que ponham, de alguma forma, a comunidade a contribuir, como foi o caso desta ação que visa a manutenção e pintura do edifício”.

Em novembro deste ano, “A Buganvília” celebra 25 anos de existência e está a preparar, mais uma vez, uma iniciativa para “angariação de fundos extraordinários”. Luís Amaro assegurou que a mesma será divulgada em breve.


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