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SG Gigante - a arte de Sérgio Godinho na arte do hip hop

SG Gigante - a arte de Sérgio Godinho na arte do hip hop

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Que a obra de Sérgio Godinho é gigante, é um facto incontestável, mas ouvir as suas canções adaptadas por grandes nomes do hip hop nacional, reforça aquilo que Capicua, Carlão (Da Weasel), Gabriel o Pensador, Hélder Gonçalves (Clã), Armando Teixeira (Balla), entre muitos outros artistas, dizem sobre uma das suas maiores influências, Sérgio Godinho é o precursor do rap português.

E foi precisamente Capicua quem pensou todo este projeto genialmente intitulado "SG Gigante" e totalmente dedicado à sua maior referência, Sérgio Godinho, para desta forma poder unir dois universos musicais que parecem distintos, mas que na verdade não o são. A música de intervenção nasceu da luta contra as ditaduras e o poder político e pelo direito a viver com dignidade. O hip hop também. Qual é então a diferença entre a mensagem de Sérgio Godinho e a de Capicua? Nenhuma. Apesar das vivências, experiências, linguagens musicais e palavras muitas vezes serem diferentes, a mensagem, no fundo, acaba por ser a mesma.

Como diz o press release que acompanha o disco, "Sérgio Godinho representa, naturalmente, um pináculo na arte portuguesa de colar palavras e histórias a melodias e impôs-se como um grande, gigante até, escritor de canções. Mas a modernidade trouxe outras formas de estar: artistas que, através do hip hop e de outros géneros centrados na eletrónica e na urbanidade, encontraram outras formas de encaixar palavras em ritmos, de fazer canções que as novas gerações entendem como suas. Que estes artistas estejam agora a olhar para o cancioneiro de Sérgio Godinho indica que afinal a música pode ser diferente, mas a língua e o sentir, esses permanecem os mesmos. Capicua sabe disso muito bem e por conhecer os dois mundos uniu aqui uma equipa de luxo."

O primeiro momento, que despertou logo todo o interesse em ouvir com muita atenção tudo o que estava incluído neste tributo, junta NERVE, Keso e Russa na memória de "Que Força é Essa", um original do disco "Os Sobreviventes".

Depois há "Lisboa Que Amanhece", com a produção de DJ Ride e a voz de Eva Rap Diva, Chong Kwong e EU.CLIDES, numa viagem ao álbum "Vida Real".

"Com um Brilhozinho nos Olhos", que coloca Xtinto lado a lado com Pikika, seguindo o beat de Fumaxa e MIGZ, revisita o registo "Canto da Boca".

Papillon e Amaura, com Charlie Beats a cargo da produção, ficaram encarregues do "Primeiro Dia", umas das canções de "Pano-Cru"

"Etelvina", com a voz da fadista Sara Correia e o beat de Stereossauro, "cruza as barras" de Phoenix RDC e Jimmy P e faz-nos recordar o disco "À Queima Roupa".

A última revelação deste tributo tem a assinatura de Dino D'Santiago e Rita Vian, com a colaboração de Branko na produção. O clássico "A Noite Passada", do álbum "Pré-histórias", transforma-se numa atmosfera que traz para hoje, esta bela história de ontem. É também esta metamorfose que faz com que as canções imortais de Sérgio Godinho sejam comuns ao mais comum dos mortais.

SG Gigante é um dos discos em destaque todos os dias na emissão da Rádio Voz da Planície.

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