Depois de dois anos de paragem devido à pandemia, o festival regressa alinhado com os princípios de representatividade geográfica, estética e cultural que o orientam desde a sua origem, com artistas de 27 países e regiões e uma grande variedade de estilos e pontos de vista.
Neste regresso do FMM, reforça-se também a preocupação em dar às mulheres a visibilidade correspondente ao seu contributo real para a música à escala planetária.
Uma das zonas do mundo que mais vai contribuir para a presença das artistas mulheres no programa do FMM Sines 2022, é o continente americano, a começar pelo Brasil representado nesta edição por Ava Rocha, Bia Ferreira, Letrux e Marina Sena.
Ana Tijoux e Pascuala Ilabaca (Chile), Queen Ifrica (Jamaica), Omara Portuondo e Daymé Arocena (Cuba) e Dominique Fils-Aimé (Quebeque) completam a lista de artistas das Américas nesta edição do festival.
O continente africano volta a mostrar a diversidade das suas expressões musicais, com artistas situados desde o deserto do Sahara, o tuaregue Mdou Moctar, até aos arquipélagos do Índico, Maya Kamaty, da ilha Reunião. Também virão músicos da "potência" Nigéria, Seun Kuti & Egypt 80 e Etuk Ubong, e um músico francês em processo de religação às suas raízes camaronesas, James BKS. A música dos países africanos onde também se fala português e com ligações estreitas à cena musical nacional, terá as representantes angolanas Aline Frazão e Pongo, e de Cabo Verde, Acácia Maior e Re:Imaginar Monte Cara.
De Portugal, estão programados músicos de estilos que vão do fado ao reggae: Club Makumba, Dulce Pontes, Fado Bicha, Paulo Bragança, Pedro Mafama, Sara Correia, Simply Rockers Sound System e The Secret Museum of Mankind.
Entre a Galiza e a Catalunha, as músicas de Espanha têm um ano forte no FMM, com Albert Pla, Angélica Salvi, Baiuca, Maruja Limón e Niño de Elche.
Uma nova abordagem ao fado junta Portugal e Espanha no duo Lina_Raül Refree.
Ainda da Europa Ocidental chegam duas novas artistas francesas, Crystal Murray e Lucie Antunes, dois agrupamentos sedeados na Bélgica, a Flat Earth Society Orchestra e a banda multinacional de sabor colombiano La Chiva Gantiva, e um representante da movida multicultural de Londres, Steam Down.
Entre o Mediterrâneo e o Cáucaso, passando pelo Mar Negro, veremos em palco a artista grega Marina Satti, o grupo bósnio Dubioza Kolektiv, a banda cigana romena Taraf de Caliu, a dupla franco-arménia Ladaniva e o músico circassiano Zaur Nagoy.
O artista que chega de mais longe a Sines em 2022 é Lakha Khan, embaixador da música do Rajastão, na Índia.
Como é habitual, as geografias do FMM cruzam-se em encontros intercontinentais, de que são exemplos este ano, os projetos Batida B2B DJ Dolores (Portugal / Brasil), Guiss Guiss Bou Bess (Senegal / França) e KUTU (Etiópia / França).
O acesso aos espectáculos mantém o formato de sempre, sendo apenas pagos os concertos noturnos no Castelo e no auditório do Centro de Artes de Sines. Todos os restantes, nas tardes no Castelo, na Avenida Vasco da Gama e em Porto Covo, são gratuitos.
Tal como em anos anteriores, o FMM Sines expande a sua oferta de atividades com um convite alargado a muitas iniciativas paralelas.
Consulte o programa completo em www.fmmsines.pt
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