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Discos, Entrevistas

Analentejana estreia-se com "Brada Brava"

Analentejana estreia-se com "Brada Brava"

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A Analentejana é uma das personas artísticas de Ana Nobre, alma natural de Ourique, filha da década de 80 do século 20. Com uma arte fortemente tradicional a correr-lhe nas veias, mas com artifícios e argumentos sonoros atuais que a levam a experimentar e criar sem tempo e sem fórmulas convencionais, ela canta, escreve e compõe as suas músicas "de ouvido, com o corpo todo". Falou com a Rádio Voz da Planície sobre "Brada Brava", o seu EP de estreia, onde conta as três primeiras histórias que Analentejana vai apresentar no singular Festival Quintais Adentro, em São Martinho das Amoreiras, Odemira, este domingo, 9 de junho.

Foto: Bazarulho

imagens: Ana Nobre (Analentejana) / Bazarulho / DR

Ana Nobre soube pegar na alcunha que lhe foi dada com sentido pejorativo pelos colegas de universidade e transformá-la num nome que reflete tranquilidade e positivismo. Assim nasceu Analentejana, de um acto de desprezo enraizado nas banais piadas entre colegas, mas o que poderia ter deixado marcas negativas acabou por se tornar numa vontade de expressar só boas emoções e sentimentos esperançosos, não querendo com isto dizer que não haja também espaço para bradar e ser brava. As suas canções são o reflexo dessa transformação e da motivação para se aventurar num universo onde se pode sentir capaz de tudo. E a viagem começou em junho de 2023, quando lançou o seu primeiro single "A. de Pêra", que faz agora parte do primeiro EP "Brada Brava". Quase um ano depois mostrou "Tirone", single com vídeo estreado em março passado.

"Este EP "Brada Brava", tem canções suas (voz e percussões), e algumas reinvenções de canções tradicionais; com arranjos/gravação/mistura de Nuno Damião (Guitarra, baixo, teclados, beats e percussões) e masterização de João Miranda. Conta com a produção executiva de Ana Nobre, Nuno Damião e João Veiga; e a produção da Bazarulho,

O primeiro single, "A. de Pêra", cheira a mar, sol e creme. É uma canção que convoca uma energia adolescente, capaz de quebrar certezas impostas ao nosso universo interior e corpo físico, pela nossa experiência social/cultural, em prol da liberdade. Já "Tirone", une a paisagem sonora do Cante Alentejano, com letra tradicional e quadras da Ana e a composição sonora electroacústica do Nuno Damião, cria uma ambiência sinestésica onde as palavras entrelaçam na terra bravia, o feminino, o masculino, a leveza e o amor!"

Hoje, depois da conversa com Analentejana e com a sua aprovação, estreámos a nova canção "Filhos da Terra", que encerra este primeiro trabalho, que apesar de pequeno, é mais que suficiente para a levar já para os palcos. Este domingo, 9 de junho, vai estar no Festival Quintais Adentro, que acontece, tal como o nome sugere, em quintais particulares de São Martinho das Amoreiras, Odemira, que recebem vários artistas nacionais e espetadores entusiastas deste evento singular que tem cada vez mais seguidores.

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