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STIM contesta presença da GNR junto ao piquete de greve na SOMINCOR

STIM contesta presença da GNR junto ao piquete de greve na SOMINCOR


O STIM-Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira critica, em nota de imprensa, a presença da GNR na Mina de Neves-Corvo.

O STIM considera que a GNR está a interferir na greve em curso na Somincor, acusando-a de se colocar do lado patronal e contra a luta dos mineiros.

Para o Sindicato trata-se de uma "inaceitável interferência, que tem como propósito limitar o normal funcionamento do piquete de greve" e o "recurso à força policial é também revelador de uma postura anti-democrática da administração da Somincor e da multinacional Lundin Mining.

No comunicado é também afirmado que os "mineiros contribuem com o seu árduo trabalho para a riqueza nacional e para os lucros da multinacional" e que "são trabalhadores e não podem ser tratados como criminosos".

Luís Cavaco, dirigente do STIM, afirma que a GNR não é bem vinda ao piquete de greve da Somincor porque o que está em causa é um problema laboral. Luís Cavaco acusa ainda os elementos da GNR de não deixarem exercer a actividade sindical como está consagrada na Constituição da Republica Portuguesa, fala em prepotência e alguma força utilizada pelos militares para tentar demover os dirigentes sindicais e denuncia uma "tentativa de atropelamento" a sindicalistas que estavam no piquete de greve.

Contactada pela Voz da Planície, a GNR refuta estas acusações e afirma que está a agir dentro da legalidade de maneira a garantir os direitos de todos, ou seja, de que está a fazer greve e de quem quer trabalhar.

Entretanto, o deputado do PCP eleito por Beja, questionou o Ministério da Administração Interna e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre aquilo que considera ser "a postura anti-democrática da Lundin Mining e a presença e intimidação da GNR no piquete de greve dos trabalhadores da Somincor". João Ramos quer saber junto dos ministérios qual o fundamento para a presença da GNR no piquete de greve, como analisam e classificam a "postura anti-democrática" da multinacional com recurso a cercas e portões, GNR e polícia de intervenção e que medidas vão ser tomadas para garantir o cumprimento da lei e da Constituição.

O deputado comunista questionou ainda o Ministério da Economia e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre as reivindicações dos trabalhadores da Somincor.

A deputada Isabel Pires visitou o piquete de greve da mina de Neves-Corvo pelas 8 horas da manhã de segunda-feira, primeiro dia da greve que decorre de 6 a 11 de Novembro. Na sequência desta visita e de acontecimentos posteriores, os deputados Isabel Pires e José Soeiro, do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, dirigiram cinco perguntas ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Os deputados do BE perguntaram à tutela se o Ministério tem conhecimento desta situação; se o Governo está disponível para alargar o regime de desgaste rápido aos trabalhadores das lavrarias, permitindo dessa forma o reconhecimento da penosidade do seu trabalho e o acesso à reforma sem penalizações; como pretende o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social mediar o processo negocial, com vista à melhoria das condições dos trabalhadores, considerando o clima de pressão existente e que medidas pretende o Ministério tomar para, em articulação com o Ministério da Administração Interna, esclarecer a atuação da GNR no piquete de greve.

 





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