O pai era trabalhador rural mas ocupava os tempos livres à beira rio com outros negócios que permitiam aumentar o sustento da família. Aos seis anos de idade Maria recorda-se de ter o Guadiana como seu fiel amigo, uma vez que acompanhava o pai na construção das "nassas", um objecto artesanal e de extrema importância para a captura de peixe. Também as cordas, estendidas à noite, com tremoços e bagaço a servir de isco, permitiam na manhã seguinte que Maria Barradas partisse para a aldeia para vender o peixe.
Maria Perdigão Barradas tem memórias muito vivas de outra das mais nobres profissões associadas ao rio, a do moleiro. Gente que vivia na zona ribeirinha e que passava os dias a transformar o trigo em farinha.
As zonas do Guadiana de difícil acesso levam o povo a construir mitos e lendas, é o caso de uma história construída em torno de uma suposta princesa moura que parece ter vivido por aquelas bandas.
No sábado, entre as 11 e o meio-dia, o Estrada Municipal é transmitido em directo de Pedrógão, no concelho de Vidigueira, onde decorre o Festival Gastronómico Sabores do Rio.
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