A petição, com o nome "Pela Defesa do Património Arqueológico Nacional" pede a intervenção da tutela, através do estabelecimento de um "Plano Arqueológico Nacional", assim como da "aplicação de medidas de combate à venda ilegal de património nacional e de salvaguarda dos locais arqueológicos que têm sido destruídos pela agricultura intensiva."
Foi a Direção Regional de Cultura do Alentejo que denunciou a destruição de património arqueológico ocasionadas por plantações extensivas de espécies de crescimento rápido, como o olival e o amendoal, designadamente as afetações ou destruições de sítios arqueológicos ocorridas na Herdade da Torre de S. Brissos e no sítio da Salvada, no concelho de Beja, no Monte de S. Bartolomeu, Alvito, no Monte da Chaminé, Ferreira do Alentejo, na Anta do Zambujal, Vidigueira e no Monte da Contenda, Arronches, entre outros. E Ana Paula Amendoeira, diretora regional de Cultura do Alentejo, afirma que tem sido feito, por parte do organismo que dirige, o possível para evitar estas situações, mas frisando que as diligências nem sempre são bem sucedidas.
No sentido de prevenir estas ocorrências, a Direção Regional de Cultura do Alentejo, está a realizar ações de sensibilização junto da GNR, mas também através da criação de mecanismos mais expeditos de comunicação, acordados com o Ministério Público da Comarca de Beja e Ministério da Agricultura, através da sua Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, que procuram "assegurar um maior controlo prévio de ações lesivas para o património arqueológico e possibilitar a intervenção, em tempo útil, por parte das entidades competentes".
Subscrita por diversas individualidades, entre elas o presidente do Conselho Intermunicipal dos Museus e ex-diretor do Museu Nacional de Arqueologia, a petição refere ainda, que nem autarquias, nem a Direção Geral do Património Cultural têm meios humanos e financeiros capazes de lidar com o problema, justificando o pedido de intervenção da tutela.
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