Segundo o PCP, “a ligação Beja-Lisboa já foi dotada de um serviço intercidades,
mas no que respeita ao troço Casa Branca-Beja, perdeu na prática esse serviço,
em resultado da falta de investimento o que conduziu a que a infraestrutura,
esteja ultrapassada, degradada, recorrendo a material circulante velho, com
avarias frequentes e onde os atrasos são recorrentes, o que leva a que o
transporte ferroviário seja, frequentemente, substituído por autocarros e táxis”.
Ainda segundo o PCP, são utilizadas automotoras, com mais de meio século de
existência, que não oferecem as mínimas condições de conforto compatíveis com
os “adicionais níveis de conforto” caracterizados pela CP no serviço
ferroviário intercidades, sendo que o incumprimento ainda é maior no que
respeita à “elevada velocidade comercial”.
Perante esta situação, o PCP considera que “na realidade estamos na presença de
um serviço de complementaridade aos serviços Alfa Pendular, Intercidades e
Internacionais, como é definido pela própria CP, isto é, serviço Regional e
InteRegional”.
João Dias, deputado eleito por Beja, afirma que quem utiliza o intercidades paga
por um serviço que não lhe é prestado, ou seja, é-lhe vendido “gato por lebre”.
O PCP recorda que dos 154 km que ligam Beja a Lisboa, 62 km são realizados nas
condições ultrapassadas e degradadas, por isso, é da mais elementar justiça que
se exija ao Governo a concretização da Resolução aprovada na Assembleia da
República e que recomenda o investimento necessário à modernização e
electrificação do troço da linha do Alentejo na ligação entre Casa Branca e
Beja.
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