João Ramos recordou que esta situação surge em regiões com agricultura moderna, em muitos casos de ponta e onde se têm aumentado os níveis de produção.
O deputado reafirmou que se trata de uma situação lamentável, e lembrou que as relações laborais legais, justas e com bons níveis salariais, são um mecanismo inultrapassável para que o sucesso da produção chegue plenamente à economia regional e às populações. O PCP pede a intervenção do Governo nesta área, frisou João Ramos.
Segundo, João Ramos, o ministro da Agricultura, perante as noticias de denúncia de trabalho escravo, classificou a situação de "repugnante" solicitando que se actue "com toda a severidade". Tendo em conta as declarações de Capoulas Santos e o facto do ministério da Agricultura atribuir apoios às explorações agrícolas, o deputado do PCP quis saber se as explorações que recorrem a essa prática seriam penalizadas. O ministro da Agricultura, reafirmou a sua posição mas afirmou que no âmbito da política agrícola não serão aplicadas penalizações e que cabe aos tribunais aplicar sanções nesta matéria.
João Ramos garante que o PCP vai continuar a exigir o cumprimento da lei em matéria laboral, com um ataque cerrado à precariedade laboral, assim como, exigir a aplicação de um outro modelo económico para o projecto de Alqueva que o coloque definitivamente ao serviço do desenvolvimento da região.