O deputado do PCP eleito por Beja questionou o Ministério da Educação sobre o encerramento de escolas do 1º ciclo.
João Ramos começa por recordar que o processo intensificou-se em 2006 com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, do PS, que encerrou 2500 escolas, continuou com a ministra Isabel Alçada, também do PS, que fechou mais 700, e o ministro, Nuno Crato, do actual governo PSD/CDS-PP, que já vai em mais de 500.
João Ramos considera que uma das marcas desta política de encerramento de escolas é a tentativa de ignorar a posição das autarquias, das comunidades educativas e das populações, recorrendo mesmo à chantagem com os municípios para que aceitem os encerramentos.
Para João Ramos decisões destas têm graves implicações no processo mais profundo de despovoamento do interior do país e colocam em causa a coesão territorial. Ainda segundo João Ramos, este encerramento de serviços públicos é parte integrante da política de desmantelamento de funções sociais do Estado, designadamente a Escola Pública de qualidade para todos.
Na pergunta que dirigiu ao ministério da Educação, o deputado do PCP afirma ainda que o encerramento de escolas obrigaria muitas crianças a longas deslocações diárias e representaria uma degradação inaceitável das condições de vida e frequência escolar das crianças, com impactos profundos nas suas rotinas e vivências diárias.