A dois meses do início da campanha de rega, a FENAREG afirma que parte do território nacional encontra-se em situação de seca e que todas as bacias hidrográficas apresentam armazenamento de água abaixo da média, sendo a situação mais crítica a do Sado. O cenário atual é comparável com o de 2016, uma situação cautelosa e que exige planeamento, é frisado ainda.
“Nos regadios coletivos, o armazenamento de água regista níveis que asseguram a campanha de rega, exceto nos Aproveitamentos Hidroagrícolas de Campilhas e Alto Sado e de Alfandega da Fé. Nos regadios privados a situação é mais preocupante, uma vez que estes não têm capacidade de armazenamento de água interanual”, diz a FENAREG, sublinhando a necessidade de acompanhamento desta situação.
A FENAREG alerta, também, para a urgência do Governo adotar medidas já na atual campanha de rega, das quais depende a competitividade da agricultura de regadio em Portugal. Neste contexto, a FENAREG quer que seja implementado um regime de caudal mínimo diário nas bacias hidrográficas, que garanta os usos de água para a agricultura e outros; que seja aliviado o esforço financeiro exigido aos perímetros hidroagrícolas abastecidos por Alqueva; que sejam reduzidos os custos da energia elétrica associada ao regadio e que sejam criados incentivos financeiros à gestão eficiente do uso da água e da energia.
O presidente da FENAREG, José Núncio, defende, igualmente, que “no contexto de adaptação às alterações climáticas é prioritário aumentar a capacidade de regularização e de reserva das nossas bacias hidrográficas, estudando sistemas de fins múltiplos, nas suas várias valências, passando pelo alargamento do benefício da rega e não esquecendo a reabilitação das antigas estruturas existentes.”
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