O principal meio de transferência de Mexilhões-zebra e/ou larvas entre bacias hidrográficas, nomeadamente entre albufeiras, faz-se através de embarcações que navegam em águas onde esta espécie existe. O Mexilhão, ou as suas larvas, podem fixar-se a qualquer equipamento dos barcos ou canoas, hélice, palamenta, atrelados, equipamento de pesca, armadilhas de lagostins, etc. Uma vez na massa de água a sua erradicação é virtualmente impossível, refere a EDIA, no documento que enviou à nossa redação.
“O Mexilhão-zebra é considerada uma das espécies exóticas invasoras mais prejudiciais do planeta. É um pequeno molusco bivalve de água doce ou salobra, do tamanho de uma moeda de 5 cêntimos, originário dos mares Negro e Cáspio e presente em Espanha desde 2001. Atualmente já se encontra em 3 bacias hidrográficas espanholas: Ebro, Júcar e Guadalquivir.
Esta espécie invasora não tem predadores naturais nos novos habitats de água doce que coloniza, potenciando-se assim a sua proliferação.
Para além de constituir uma séria ameaça ambiental, o Mexilhão-zebra é também uma ameaça económica podendo gerar prejuízos de grande monta à economia.
Ao nível económico, os efeitos traduzem-se em limitações ou perdas de eficiência no uso da água, nomeadamente bloqueando completamente condutas, inutilizando bombas e outros equipamentos hidráulicos.
Os impactos ecológicos fazem-se sentir em alterações generalizadas dos ecossistemas aquáticos. A ação massiva de filtragem causa a diminuição do fitoplâncton e piora a qualidade da água, levando a perdas de biodiversidade em geral.”
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