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Cuidados de saúde primários para não residentes

Cuidados de saúde primários para não residentes


Graça Osório vive em Beja, mas não tem a sua área de residência no concelho, precisou de cuidados de saúde primários, mas não os conseguiu obter no Centro de Saúde nº 1 da cidade e viu-se confrontada com um episódio que classificou de incongruente e que denunciou à Voz da Planície.

Graça Osório e o marido apresentavam ambos um quadro clínico de febre e dores, nesta terça-feira, dia 6, data em que o episódio ocorreu e decidiram recorrer ao aconselhamento da linha de saúde 24. Perante o descrito a enfermeira que atendeu Graça Osório informou-a de que deveria ser consultada naquele dia, tal como o marido, e que poderia requerer esse direito no Centro de Saúde nº 1 de Beja, local para onde já tinham sido remetidos dois emails a pedir as duas consultas em causa. Graça Osório e o marido dirigiram-se ao Centro de Saúde designado e foram informados, no local, de que não poderiam ser consultados ali e que deveriam sim, recorrer às urgências do Hospital de Beja. Graça Osório conta à Voz da Planície o que aconteceu e que sentimentos geraram as respostas recebidas.

O caso não era urgente e Graça Osório fez questão de denunciar este episódio por considerar que existe uma incongruência nas informações prestadas pela linha de saúde 24 e o Centro de Saúde a que recorreu que merecem esclarecimentos.

No Centro de Saúde nº 1 de Beja, Graça Osório quis deixar registada a sua indignação e ao requerer a utilização do Livro de Reclamações foi informada de que o serviço não disponha do mesmo. E esta é outra das ocorrências deste episódio que Graça Osório quis denunciar, manifestando que do sucedido deduziu que, dadas as circunstâncias, até daria "jeito", a inexistência do Livro de Reclamações.

Por uma questão de civismo e de respeito pelos serviços de urgências congestionados, como é hábito nesta altura do ano, frisou Graça Osório, decidiu não recorrer a este meio de atendimento, optando por procurar ajuda numa farmácia, mas deixou contudo, a sua reclamação registada no Gabinete de Apoio ao Utente da ULSBA.

A denúncia que Graça Osório fez chegar à Voz da Planície levou este órgão de informação a solicitar os devidos esclarecimentos junto da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), entidade a quem compete dar resposta a estas matérias.

A Voz da Planície enviou um email, dirigido ao Conselho de Administração da ULSBA, e obteve a seguinte resposta, pela mesma via, que passamos a divulgar: "O Conselho de Administração confirma que recebeu a reclamação e que, de imediato, promoveu as diligências necessárias para averiguar o sucedido.  Apurou que a reclamante tem residência fora da área de influência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, pelo que, em virtude da organização vigente nos circuitos de saúde, foi informada, no Centro de Saúde, que o local próprio para ser assistida seria o Serviço de Urgência do Hospital José Joaquim Fernandes - Beja, onde deveria dirigir-se. Mais, tomou conhecimento o Conselho de Administração que a reclamante optou por não se deslocar ao Serviço de Urgência".

O Conselho de Administração da ULSBA informou ainda, que não existem SAP - Serviços de Atendimento Permanente nos centros de saúde do distrito há dois anos, com exceção dos concelhos de Cuba e Mértola e que essa informação foi dada à linha de saúde 24. Acrescentou contudo, que foram criadas nos centros de saúde do distrito, as chamadas consultas de recurso, para servirem os utentes residentes, nos casos de ausência do médico de família, para os estudantes do Instituto Politécnico de Beja, mineiros de Aljustrel e funcionários da EDP, ou seja para os utentes que se encontram deslocalizados das suas áreas de residência e que constituem os chamados regimes de exceção.

 


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