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Cuba prossegue ações para exigir eletrificação da Linha férrea

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Cuba prossegue ações para exigir eletrificação da Linha férrea


O Município de Cuba prossegue, nesta quarta-feira, com as audiências com os grupos parlamentares, com o intuito de apresentar um Caderno Reivindicativo onde é exigido a modernização e eletrificação do troço ferroviário entre Beja e Casa Branca. Depois dos encontros realizados com o Partido Ecologista “Os Verdes”, o PCP e o CDS-PP, o Município de Cuba reúne-se hoje, com o BE.

Recorde-se que o Caderno Reivindicatico, com o nome “O comboio que queremos”, exige também a modernização do material circulante, a reposição dos comboios diretos Beja-Lisboa-Beja e a modernização e eletrificação do troço Beja-Funcheira, com a reposição da circulação de comboios nesta linha. Ficam a faltar as reuniões com os grupos parlamentares do PSD e do PS, com o presidente da República, primeiro-ministro, ministro do Planeamento e Infraestruturas e com a Comissão de Transportes da União Europeia.

O presidente da Câmara de Cuba, João Português, explicou à Voz da Planície que sete anos depois de ter sido extinta a ligação direta Beja/Casa Branca estão esgotadas todas as possibilidades e que se chegou a um ponto em que não se pode esperar mais. Acrescentou que chegou mesmo, o momento de se exigir uma resposta ainda na reprogramação do Portugal 2020.

O presidente da Câmara Municipal de Cuba frisa que a eletrificação da ligação ferroviária Beja/Casa Branca custa 20 milhões de euros e chama a atenção para o facto, do investimento que o Governo promete fazer para a linha do Alentejo passar pela aquisição de duas automotoras bimodo, que têm o valor de 10 milhões de euros, cada.

A par da entrega do Caderno Reivindicativo - “O comboio que queremos”, os representantes do Município de Cuba deixam um convite aos grupos parlamentares para fazerem uma visita ao concelho, utilizando o comboio como meio de transporte.


Nota: Foto do encontro com o Grupo Parlamentar do CDS-PP

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É importante não deixar a linha do Baixo-Alentejo morrer! Além da sua electrificação até Beja, deveria-se pensar também no troço até Moura. Além disso atrairia muitos turistas e levaria muitas pessoas para o interior do Alentejo. É importante os presidentes das Câmaras municipais se juntarem, para pensarem no troço entre Beja; Serpa e Moura, pois essas cidades não podem estar isoladas!!

Luís Filipe Pascoalinho Nunes

18/06/2018

Entre 2010 e 2011, foi realizada a obra de modernização do troço Bombel - Casa Branca, com um custo de 48,4 milhões de euros (comparticipados a 70% pela União Europeia). Para a realização das obras nesse pequeno troço de 37,4 km (juntamente com as obras de electrificação dos 26 km que restam da Linha de Évora), optou-se por interromper totalmente a circulação de comboios entre Lisboa e Beja, entre Barreiro e Beja e entre Beja e Évora, durante um ano e três meses (maio de 2010 a Julho de 2011), embora se tenha reconhecido que as obras podiam ser feitas sem a interrupção. Depois de feita a obra de modernização, a oferta na Linha do Alentejo foi substancialmente reduzida! Foram suprimidas as ligações entre Beja e Évora (8 ligações diárias em 2009). Foram suprimidas as ligações entre Barreiro e Beja (2 ligações diárias em 2009). Foram suprimidas as ligações entre Beja e Funcheira, onde a Linha do Alentejo entronca com a Linha do Sul (4 ligações diárias em 2009). Foi reduzido o número de comboios Intercidades diários a ligar Lisboa e Évora ou Beja: de 10 para 8! A ferrovia regional na Linha do Alentejo (com 218 km de extensão) ficou reduzida a 4 comboios diários (2 em cada sentido) num pequeno troço de 37 km entre Vila Nova da Baronia e Beja. Neste troço, a viagem mais rápida demora 32 min no sentido Baronia-Beja (o mesmo que em 2009) e 29 min no sentido Beja-Baronia (31 min em 2009). Ainda as obras de modernização estavam em curso, já a CP anunciava a supressão dos comboios Intercidades directos entre Lisboa e Beja. Não obstante a forte contestação ocorrida, nomeadamente em Beja, a supressão foi concretizada. Em 2009, em Lisboa, partiam ou chegavam todos os dias 10 comboios Intercidades de e para Évora (6) ou de e para Beja (4). Após a obra de modernização, a oferta foi reduzida a 8 comboios diários, todos com origem ou destino em Évora; foram suprimidas as 4 ligações directas entre Lisboa e Beja. Desde o fim das obras em Julho de 2011, os passageiros com origem ou destino em Beja passaram a utilizar o comboio Intercidades de Évora entre Lisboa e Casa Branca (entroncamento entre as linhas do Alentejo e de Évora) e a ter de fazer um transbordo em Casa Branca. Em contrapartida, passou a haver 4 ligações diárias em cada sentido (contra 2, embora directas, em 2009). Actualmente, a viagem mais rápida entre Beja e Lisboa (Sete Rios) demora 2h06 no sentido Lisboa–Beja (menos 1 min do que em 2009) e 2h05 no sentido Beja-Lisboa (menos 4 min). A viagem mais lenta demora 2h15 no sentido Lisboa-Beja (menos 4 min) e 2h12 no sentido Beja-Lisboa (mais 3 min). Entre Casa Branca e Beja, o transporte já não é feito em comboios Intercidades, como em 2009, mas em automotoras de pior qualidade, adaptadas para fazer o serviço Intercidades. Em 2009, entre Beja e Lisboa (Oriente) o comboio fazia 8 paragens intermédias. A partir de 2011, passou a fazer também paragens em Poceirão, Fernando Pó, Pegões, São João das Craveiras, Alcáçovas e Alvito, num total de 14 paragens intermédias num trajecto de 185 km: em média, uma paragem em cada 13 km. Em Beja, em alguns horários não é possível comprar o bilhete de comboio nas bilheteiras da estação (encerradas): os bilhetes são comprados na estação de destino. Como os comboios Intercidades são comboios de reserva obrigatória de lugar, o passageiro não sabe se, quando mudar de comboio em Casa Branca, vai ter lugar no comboio Intercidades de Évora para continuar viagem até Lisboa. Na comunicação social, houve relatos de passageiros que chegaram a Casa Branca e não conseguiram lugar no Intercidades Évora-Lisboa, tendo sido obrigados a chamar (e a custear) um táxi, e testemunhos de pessoas que desistiram do comboio por esse motivo.

Pedro David Gomes da Silva

31/05/2018

Esta ação reivindicativa não deve ser exclusiva do Município de Cuba, mas sim de todas as comunidades servidas pela atual e péssima ligação. Os comboios que fazem a ligação Casa Branca - Beja, são desconfortáveis, sujos, caducos e obsoletos. São mesmo uma vergonha para as gentes do Baixo Alentejo, que merecem ser tratadas de igual maneira, como todos os que usam os comboios da CP. A reivindicação da Câmara de Cuba fala da eletrificação da linha, algo que demorará anos a terminar. Mas os utentes frequentes dessa ligação, têm uma exigência um pouco mais premente e bastante mais rápida de satisfazer: que haja sempre as ligações previstas, e que não nos vejamos obrigados a ficar horas (sim... HORAS) à espera da nova ligação, quando alguma falha por razões que a CP diz serem técnicas.....

Pedro Luiz de Castro

31/05/2018

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