Da transformação da azeitona em azeite resulta um resíduo em grande quantidade que é o bagaço. O bagaço da azeitona é utilizado, neste momento, na produção de bioetanol usado na fertilização dos solos e como combustível em caldeiras de biomassa. Mas, investigadores do CEBAL - Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo descobriram que, além de bioetanol, o bagaço da azeitona também tem compostos bioactivos que maximizam os efeitos da quimioterapia em células humanas do cancro da mama.
A investigação do CEBAL não só permitiu aumentar em 30 por cento o rendimento do bioetanol como, conforme nos explica Fátima Duarte, Investigadora principal do CEBAL e coordenadora desta investigação, depois de caracterizados e estudados os compostos bioactivos, conseguiram testar a acção de um composto fenólico em células tumorais.
Depois de perceberem que as células tumorais incubadas com o composto fenólico designado hidroxitirusol, ao fim de algum tempo começavam a não proliferar ou a morrer, os investigadores consideraram a abordagem terapêutica desta descoberta.
A importância de um subproduto em abundância no Alentejo para o avanço da ciência e um passo importante do CEBAL para o eventual surgimento de novas terapêuticas de combate ao cancro da mama.
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